O Esquadrão Suicida tem estreia DESASTROSA em todo o mundo; entenda

Nem sempre a aclamação dos críticos se traduz em boa bilheteria. Apesar dos elogios dos críticos em geral, O Esquadrão Suicida acabou tendo uma estreia simplesmente terrível mesmo considerando...

REPRODUÇÃO/DIVULGAÇÃO
Publicidade

Compartilhe: Tiago Vieira
Publicado em 8/8/2021 - 15h11


Publicidade
LEIA TAMBÉM




Nem sempre a aclamação dos críticos se traduz em boa bilheteria. Apesar dos elogios dos críticos em geral, O Esquadrão Suicida acabou tendo uma estreia simplesmente terrível mesmo considerando a pandemia.

O longa de James Gunn faturou apenas US$ 26,5 milhões entre sexta e domingo na América do Norte. Ele ficou bem abaixo dos US$ 30 milhões que a Warner estava prevendo e dos US$ 40 milhões que a indústria desejava. O longa também teve uma arrecadação entre sexta e domingo inferior à de outros blockbusters do estúdio de 2021, como Godzilla vs Kong (US$ 32,2 milhões) e até mesmo Space Jam: Um Novo Legado (US$ 31 milhões). Por muito pouco, Esquadrão também não ficou abaixo de outro fiasco da Warner deste ano, Mortal Kombat (US$ 23,3 milhões).

Publicidade

Se comparado com seu (na falta de uma palavra melhor) predecessor de 2016, a coisa fica ainda mais humilhante. Este novo Esquadrão arrecadou em três dias menos da metade do que o longa de David Ayer arrecadou em sua primeira sexta-feira (US$ 65 milhões). E isso sem ajustar pela inflação.

Publicidade

Claro, você pode argumentar que o longa de 2016 não precisou lidar com a pandemia de Covid-19, na qual a variante delta do coronavírus segue aumentando o número de casos diários nos EUA. Além disso, o primeiro Esquadrão também foi exclusivo dos cinemas, enquanto este novo estreou simultaneamente na HBO Max americana.

Mas além desses dois problemas, o filme de Ayer tinha uma coisa que o de Gunn não conseguiu apesar das tentativas do estúdio e das ótimas críticas: hype. Afinal, o longa anterior foi vendido com uma campanha de marketing agressiva que prometia um filme da DC diferente de tudo que a editora havia lançado até então. Ele também possuía o star power de Will Smith, a muito antecipada estreia em live action da Arlequina, o primeiro Coringa das telas desde a clássica performance de Heath Ledger, cameo do Batman de Ben Affleck

Publicidade

E isso sem falar que, depois do clima pesado, sombrio e realista de O Homem de Aço e Batman vs Superman, Esquadrão prometia dar uma versão mais irreverente, divertida e caótica ao então nascente DCEU.

Publicidade

Enfim, o primeiro Esquadrão foi tão ansiosamente antecipado que até hoje ele permanece como a quinta maior bilheteria de abertura (não ajustada) nos EUA da história da Warner, com US$ 134 milhões. Ele só perde para Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2 (US$ 169 milhões), Batman vs Superman (US$ 166 milhões), Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (US$ 161 milhões) e Batman: O Cavaleiro das Trevas (US$ 158 milhões). 

Já este novo filme não tinha nem Will Smith e nem Coringa. A Arlequina de Margot Robbie até fez seu retorno, mas depois do fracasso de Aves de Rapina e deste filme já podemos dizer que a personagem não é mais tão popular com o público em geral. 

Publicidade

É um caso clássico da “Armadilha Tomb Raider”, um termo cunhado pelo crítico e especialista em bilheterias da Forbes Scott Mendelson para designar continuações de filmes que faturam abaixo de seu predecessor apesar de ter críticas melhores. O exemplo clássico utilizado pelo autor são os dois Tomb Raider estrelados por Angelina Jolie. No caso, o primeiro filme teve ótima bilheteria em 2001, porém fraca recepção da crítica e do público. Então, quando a sequência saiu em 2003 acabou naufragando nas bilheterias apesar das críticas levemente superiores. Aplicando o exemplo, fica perceptível que, apesar do sucesso, as críticas terríveis do filme de Ayer convenceram o cinéfilo em geral a não gastar mais seu tempo e dinheiro com a equipe da DC.

Publicidade

E tudo isso se torna ainda pior quando vemos que o novo Esquadrão Suicida custou mais do que o anterior: foram US$ 185 milhões para o filme de Gunn contra US$ 175 milhões para o de Ayer. Dá para entender por que a WB gastou tanto dinheiro: o sucesso do diretor com os dois Guardiões da Galáxia os convenceu de que valia a pena entregar em suas mãos um orçamento enorme para dirigir um filme sobre personagens desconhecidos, enquanto as ótimas bilheterias de Deadpool, Logan, Deadpool 2 e Coringa mostraram que havia mercado para filmes de quadrinhos para maiores de idade. Porém, esses quatro longas não foram precedidos de um antecessor que até hoje é motivo de piada na internet por sua baixa qualidade.

E nem a bilheteria internacional salvou o filme: foram apenas US$ 45 milhões arrecadados fora dos EUA, de modo que seu total global é de magros US$ 72 milhões. Sim, O Esquadrão Suicida faturou no mundo todo menos do que Viúva Negra (que por si só é outro fiasco) arrecadou nos Estados Unidos em seu primeiro fim de semana (US$ 80 milhões).

Publicidade

Para resumir, o novo Esquadrão tinha muito menos hype do que o antigo. Combine o desinteresse do público com um número crescente de casos de Covid-19 e a disponibilidade no streaming (e, portanto, nos sites piratas), e temos a receita perfeita para o desastre.

Publicidade

E você, já assistiu a O Esquadrão Suicida? Comente em nossas redes sociais.

Você pode conferir ao novo filme da DC nos cinemas brasileiros. O blockbuster só deve chegar na HBO Max Brasil em meados de setembro.

Publicidade

Para sabe mais sobre as produções da DCEU, fique de olho no Legado da DC.

LEIA MAIS!

Publicidade



Sair da versão mobile