[CRÍTICA] Shazam! Fúria dos Deuses é um dos melhores filmes de supergrupo da DC
A Família Shazam faz de Shazam! Fúria dos Deuses um dos melhores filmes de supergrupo da DC.
Após quatro anos do lançamento de Shazam!, a DC está lançado nesta semana a sequência Shazam! Fúria dos Deuses. Chegando em um período de transição e reformulação do DCU, o novo filme do jovem Campeão da Magia não carrega muito peso nas costas, ao contrário do vindouro The Flash.
Porém, Shazam 2 tem a missão de mostrar para o público dcnauta e para os co-CEOs da DC Studios, James Gunn e Peter Safran, que esse universo do Shazam iniciado no antigo DCEU ainda tem fôlego para continuar no novo Universo DC.
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TRAMA
Shazam! Fúria dos Deuses se passa dois anos após os eventos de Shazam!, sendo situado mais uma vez na Filadélfia, famosa cidade do estado norte-americano da Pensilvânia. Agora, as “crianças” da Família Shazam estão crescidas, e são em sua maioria adolescentes, com exceção da pequena Darla (Faithe Herman), que ainda é criança, e da mulherona Mary (Grace Caroline Currey), que já chegou na maioridade.
A família mágica continua combatendo o crime da sua cidade natal, embora a imprensa e parte dos seus conterrâneos não a leve tão a sério. Os heróis são pejorativamente chamados de “Fiascos da Filadélfia” por acabarem levando a culpa por quaisquer destruição e acidentes que aconteçam quando o supergrupo está ação.
Além desse probleminha, o líder Billy Batson (Asher Angel)/Shazam (Zachary Lev) luta para que a Família Shazam permaneça sempre unida, o que está cada mais difícil, pois os seus irmãos têm interesses diferentes um dos outros, como o Freddy (Jack Dylan Grazer) que quer também lutar sozinho contra criminosos ou a Mary que anda procurando um emprego.
Mas esses contratempos ficam de lado quando as Filhas de Atlas, um trio de irmãs deusas gregas vingativas, chegam à Terra em busca da magia roubada delas há muito tempo, que atualmente se encontra em posse da Família Shazam.
FILME
Shazam! Fúria dos Deuses é sem dúvidas um filme bem divertido e que também conta uma dose ousada de dramaticidade. A obra tem dois primeiros atos que são melhores ou, no mínimo, do mesmo nível do primeiro Shazam!.
A introdução e o meio do longa são deliciosos de se ver por conta da Família Shazam. A família é muito bem desenvolvida e a sua interação lembra muito com a dos quadrinhos do Shazam. Nesse sentido, Shazam 2 é um baita adaptação das HQs.
Contudo, o terceiro ato, que deixa a versão super-heroína da Família Shazam de lado, é bem fraco, ao contrário do bom final do longa anterior. É compreensível que o Shazam por ser o protagonista acabe tendo mais destaque em uma boa parte do filme, mas aqui a trama necessitava da totalidade da Família Shazam.
O embate final entre Shazam e as vilãs com o seu dragão é arrastado e chato. Ao mesmo tempo, as crianças da Família Shazam estão lutando a sua maneira com monstros mitológicos. Só que tirando a pequena Darla, o resto não brilha nesse duelo.
Falando nos monstros, eles são visualmente bem feitos. O CGI deles, assim como o do dragão das vilãs, está de parabéns. Pena que esses seres não não são bem usados.
Os efeitos especiais só derrapam quanto há paisagens e cenários que nitidamente feitos por fundo verde. Mas dá para engolir, não é algo grotesco.
A direção de David F. Sandberg tem mais altos e do que baixos. Ele peca nas cenas ação, que não são atrativas, e acerta nos momentos de humor, de emoção e no desenvolvimento da Família Shazam.
Diferente de Shazam!, que é muito inspirado em outros filmes, como Quero Ser Grande e Superman: O Filme, Sandberg traz muito mais originalidade enquanto um longa de super-grupo – ainda que tenha uma pequena influência da franquia Velozes e Furiosos. O núcleo da Família Shazam tem uma relação única, nada que se pareça com outras produções.
O roteiro de Henry Gayden e Chris Morgan funciona nas cenas cômicas, mas é genérico de modo geral.
Por fim, é difícil saber de quem é a culpa, pois isso pode envolver direção, produção, Warner Bros/DC, edição, mas um corte de meia hora na duração da obra teria deixado beneficiado o resultado final de Shazam! Fúria dos Deuses.
FAMÍLIA SHAZAM
Definitivamente o grande destaque e o grande atrativo do filme é ver a Família Shazam reunida e em ação. As crianças/suas versões super-heróis e o Mago Shazam (Djimon Hounsou) são personagens formidáveis. Todos individualmente têm carisma, personalidades cativantes, visuais belíssimos e formam uma equipe incrível.
Os membros da família que mais se sobressaem no filme são Billy Batson/Shazam, Darla Dudley/Super-Darla (Meagan Good), Pedro (Jovan Armand)/Super-Pedro (D.J. Cotrona) e Mago Shazam.
Batson traz emoção, enquanto Shazam gera boas risadas. Darla e sua versão super-heroína fazem uma perfeita mistura de inocência com coragem. Pedro/Super-Pedro executa bem e com muita naturalidade a tarefa de entregar o primeiro super-herói gay do DCU. E o Mago Shazam rouba a cena com o seu humor sarcástico e aparições inusitadas.
A Mary/Super-Mary, que agora é interpretada pela mesma atriz, Grace Caroline Currey, está bem melhor nesse do que no longa de 2019. Entretanto, ela infelizmente não ganhou grandes cenas.
VILÃS
Como era de esperar vendo os trailer de Shazam 2, as três principais vilãs do longa não são memoráveis. Mas elas cumprem bem o seu papel para a trama. A Hespera de Helen Mirren pode não ser tão intimidadora quanto poderia ser, mas é muito bem atuada, especialmente em momentos cômicos.
A Kalypso de Lucy Liu é de longe a parte mais fraca das Filhas de Atlas. Liu atua mal e tem um personagem genérico. Já a Anthea de Rachel Zegler não é bem uma vilã, ela está mais para uma anti-heroína. Ainda sim ela tem um papel bem interessante e tem uma performance até apaixonante. O problema é que a trama de Anthea é muito corrida, parece que várias cenas com ela foram cortadas, o que acaba prejudicando a personagem.
DCU
Não entraremos em grandes spoilers, mas para quem estava desanimado achando que Shazam! Fúria dos Deuses não teria muita importância para o DCU, pode ficar tranquilo porque o filme se conecta bem ao Universo DC.
CONCLUSÃO
Shazam! Fúria dos Deuses pode não ser tão bom quanto Shazam!, de 2019, contudo, o novo longa se destaca muito mais do que o longa anterior quando se trata do foco na Família Shazam. O primeiro é um bom filme solo de um super-herói, enquanto o segundo é um bom filme se for visto como adaptação solo de um supergrupo de heróis.
Apesar de ser um longa bem divertido, não dá para dizer ainda se Shazam 2 será um sucesso de público e de crítica. O que podemos garantir é que a sequência vale o ingresso e que Shazam! Fúria dos Deuses entrou para o Hall dos melhores filmes de supergrupo da DC.
Nota: 7/10
P.S. O longa tem com uma participação especial de luxo (que talvez não seja mais surpresa para ninguém) e conta duas cenas pós-créditos.
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2 Comentários Sobre o Assunto
Gostei bem mais do que o 1º, tem piadas certeiras e pontuais, não ao estilo marvel que cansa de piadinhas sem graça a cada minuto. As vilãs são legais, o cgi melhorou muito em relação aos trailers q foram bastante criticados. daria nota 8
Imagina que não tem piadas sem graça… o Billy tem quase 18 anos e quando vira Shazam entra automaticamente no modo abobalhado quinta série…