Com Liga e filmes da WB, HBO Max quer bater 150 milhões de assinantes
Para trazer ao mundo sua visão de Liga da Justiça, Zack Snyder teve uma liberdade extraordinária. O cineasta pôde trazer ao público a versão mais autêntica possível de seu...
Para trazer ao mundo sua visão de Liga da Justiça, Zack Snyder teve uma liberdade extraordinária. O cineasta pôde trazer ao público a versão mais autêntica possível de seu longa, que tem quatro horas de duração e seis capítulos. O filme também é chave da estratégia da WarnerMedia de turbinar o número de assinantes de seu serviço de streaming, a HBO Max.
Prevista para chegar ao Brasil em junho, o serviço tem sido promovido com uma estratégia agressiva por parte da Warner para conquistar assinantes – e Liga da Justiça é uma parte essencial disso. A outra é lançar simultaneamente todos os filmes da Warner para 2021 simultaneamente nos cinemas e na HBO Max.
Afinal, a guerra dos streamings está só esquentando. Como convencer uma pessoa que já paga pela Netflix e/ou Disney +, Amazon Prime Video, etc., a assinar mais um serviço de streaming? Até dezembro de 2020, a HBO Max reportou 37,7 milhões de assinantes pagos e 17,2 milhões de ativações de usuários que já assinavam a HBO Go comum. Como comparação, o Disney + conquistou 10 milhões de assinantes no primeiro dia e 100 milhões até março de 2021, enquanto a Netflix cruzou a marca dos 200 milhões em janeiro – embora ambos, diferentemente da HBO Max, estejam disponíveis fora dos EUA.
Como atrair assinantes em um mercado tão cheio? A resposta é simples: produzir conteúdo que o público de fato queira assistir, especialmente baseado em marcas já conhecidas. Veja o caso do Disney + por exemplo: após os sucessos de The Mandalorian e WandaVision, o streamer vai apostar em mais séries baseadas em Star Wars, na Marvel, Pixar e outras franquias que o público já é familiar.
A recém-lançada Paramount + aposta em mais séries derivadas de suas marcas, como Bob Esponja e Star Trek, enquanto a Amazon Prime Video produz spin-offs de seu hit The Boys e uma série baseada em O Senhor dos Anéis. A Netflix pode não ter mais franquias como Marvel ou Star Wars, mas sua gigantesca base de assinantes é o suficiente para gerar séries de sucesso quase o ano inteiro.
A WarnerMedia sabe que conquistar espaço na guerra dos streamings é fundamental e, para isso, já está preparando séries originais para a HBO Max sobre seu catálogo de franquias – inclusive a DC. Finalmente, a estratégia de lançar simultaneamente nos cinemas e no streaming os blockbusters da Warner deste ano foi uma ação extremamente ousada, que faz sentido num momento em que os cinemas de boa parte dos países se encontram fechados e que certamente vai atrair novos assinantes.
Segundo Tal Chalozin, co-fundador e CTO da plataforma de marketing em streaming Innovid, em entrevista ao IndieWire: “a WarnerMedia está fazendo muito barulho e trazendo títulos muito grandes para a HBO Max. O mercado televisivo é ‘fácil’: você precisa de bom conteúdo o tempo todo. Bom conteúdo atrai pessoas que ficam conectadas ao serviço”.
Os resultados iniciais da ousada estratégia da Warner tem começado a mostrar seus resultados. Em outubro de 2019, quando o serviço foi anunciado pela primeira vez, ele esperava ter de 75 a 90 milhões de assinantes até 2025. Porém, durante uma conferência com os investidores da AT&T (dona da WarnerMedia) uma semana antes do lançamento do Snyder cut, a empresa agora quer conquistar 150 milhões de assinantes no mesmo período de tempo.
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