Como o jogo da Mulher-Maravilha pode aprender com God of War

O vindouro jogo Mulher-Maravilha parece destinado a destacar os elementos mitológicos da personagem, o que significa que pode se inspirar em God of War.

Créditos: Screen Rant

O vindouro jogo da Mulher-Maravilha, desenvolvido pela Monolith, parece que se concentrará nas raízes mitológicas de Diana, e dado que a franquia God of War também tem um foco mitológico, é lógico que há coisas que a saga de Kratos poderia ensinar.

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A Monolith e a Warner Bros. Games não divulgaram muito sobre Mulher-Maravilha, além do seu trailer de revelação, mas o currículo do estúdio deve fornecer uma indicação sólida de como o jogo poderia ser.

A Monolith foi pioneira em seu próprio estilo com os jogos de grande sucesso Terra-média: Sombras de Mordor, mas a Santa Monica Studio elevou o padrão com os dois últimos God of War, e seria uma boa ideia para o estúdio aproveitar alguns desses aspectos ao trocar o mundo de Tolkein pelo Universo DC.

Embora ainda não tenha nenhuma prévia da jogabilidade de Mulher-Maravilha, surgiram dicas sobre a narrativa do jogo. A mãe de Diana, a rainha Hipólita, pediu à filha que voltasse para casa porque o caos estava aumentando em Themyscira.

Conhecendo o passado da Monolith com Terra-média: Sombras de Mordor e Terra-média: Sombras da Guerra, que eram ambos títulos de fantasia, faria sentido para o jogo da Mulher-Maravilha destacar os elementos mitológicos da personagem.

Naturalmente – sendo a mitologia criada pela DC e baseada na Grécia – Kratos e Diana podem compartilhar alguns aspectos interligados, mesmo que os dois sejam bem diferentes. A Monolith criou elementos de sucesso com seus jogos anteriores, como o Sistema Nêmesis visto em Sombras da Guerra.

O sistema pode chegar à Mulher-Maravilha porque agora é uma mecânica característica da Monolith, mas também há elementos em jogos mais recentes que o estúdio pode procurar incorporar. God of War também pode ser uma influência valiosa para a desenvolvedora.

Em 2018, God of War ganhou o prêmio de jogo do ano, e não foi surpresa. Cory Barlog e a equipe de Santa Monica Studio elevaram o nível, não apenas para futuros títulos da franquia, mas para outros jogos AAA desenvolvidos por diferentes estúdios.

Embora os jogos da Terra-média certamente tenham ótimas histórias, a Monolith pode se beneficiar ao estudar a direção narrativa de God of War e como ela incorporou a mitologia grega e nórdica. Outra questão é saber se o jogo da Mulher-Maravilha será tão violento quanto God of War.

Os quadrinhos da personagem se aventuraram em território sombrio no passado, e a própria Diana passou a usar uma espada nos últimos anos. Além disso, enquanto Kratos recentemente se aventurou no reino nórdico, tanto ele quanto Diana vêm do mundo grego e têm muito espaço para brincar, pois são personagens mitológicos, não históricos.

A maioria das diferenças, no entanto, virá do cenário e da história. A casa da Mulher-Maravilha é Themyscira – uma ilha grega isolada do resto do mundo – enquanto Kratos é um espartano da Lacedemônia. Com o tempo, a DC Comics construiu sua própria imagem da mitologia grega, assim como God of War fez.

Isso significa que o jogo da Monolith tem muito a ganhar ao se inspirar na visão da Santa Monica Studio, talvez não em sua abordagem da mitologia grega em si, mas certamente quando se trata de apresentação, história e jogabilidade.

A Monolith provou que poderia fazer um jogo com incríveis cinemáticas e mecânicas em seus lançamentos mais recentes. No entanto, a indústria mudou: as cutscenes tornaram-se semelhantes a filmes e os gráficos melhoraram tremendamente, e God of War é um exemplo perfeito disso.

Além disso, God of War tem algumas mecânicas de jogo que Monolith pode usar. Um deles é o sistema de atualização e progressão, que tem semelhanças com Sombras de Mordor e Sombras da Guerra. Em God of War, dois irmãos, Brok e Sindri, progridem com Kratos e Atreus até o final do jogo para atualizar suas armas e armaduras.

Aprimorar o equipamento é agradável porque os jogadores podem se concentrar na narrativa sem fazer uma tonelada de coleta de material. Existem muitos personagens interessantes no Universo DC que a Monolith poderia usar de maneira semelhante, com Diana já tendo solicitado a ajuda de Hefesto, o deus grego do fogo, nos quadrinhos.

No entanto, o sistema de atualização não foi a única mecânica de jogo em God of War que mereceu elogios; As armas poderosas de Kratos foram um dos melhores elementos do jogo. A Santa Monica Studio construiu um sistema de luta que capacitava o jogador a se sentir como um verdadeiro semideus lutando contra outros monstros e deuses míticos.

Embora fosse a primeira vez que o Escudo dos Guardiões e o Machado Leviatã estavam em um jogo da saga, Kratos os empunhava como se sempre os tivesse usado. Em Mulher-Maravilha, Diana precisa se sentir da mesma maneira e, felizmente para Monolith, ela também empunha um escudo, assim como o Laço da Verdade.

Para o vindouro jogo ter um sistema de luta intrigante, a desenvolvedora precisa fazer com que essas armas pareçam poderosas, assim como Kratos fez em todos os jogos de sua franquia. Afinal, Diana Prince é a Campeã das Amazonas, e isso deve se refletir na jogabilidade.

God of War é um jogo que não pode ser repetido, mas tem muitos aspectos que a Monolith pode aprender e usar em seu próximo título. O estúdio também teve muito sucesso no seu passado recente que provavelmente estarão em Mulher-Maravilha, incluindo o Sistema Nêmesis.

Isso poderia indicar a representação dos vilões na história do jogo, incluindo Cheetah, Ares e Circe. Em suma, dado o histórico da Monolith nos jogos da Terra-média, bem como o fato de God of War ter estabelecido um padrão para histórias mitológicas, esperamos que esteja à altura do material de origem.

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