DC acaba de prova que cortar o Robin de Marlon Wayans do filme do Batman foi um grande erro

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A série em quadrinhos Batman ’89 tem desenvolvido o universo dos filmes Batman e Batman: O Retorno, apresentando interpretações únicas de personagens de quadrinhos da DC como Barbara Gordon e Harvey Bullock. E, no entanto, a versão da HQ sobre Robin é a reinvenção mais radical de um conceito clássico.

Neste mundo, Robin (que nos cinemas seria interpretado por Marlon Wayans) transcende seu status de ajudante e se torna um herói independente em Batman ’89 #4 (por Sam Hamm, Joe Quinones, Leonardo Ito e Clayton Cowles).

Drake Winston prova ser um Robin automotivado e desafiador. Ele é rápido em defender seu bairro Burnside diante do aumento da presença da polícia. Por exemplo, Drake fornece tinta aos moradores do bairro para lutarem contra a polícia fortemente armada, impedindo assim mais policiais de se mudarem para a área. Mas também existe um heroísmo inato em Robin que vai além de seu ativismo social. Drake exibiu essa característica no início do título, quando salvou  Harvey Dent de um prédio em chamas. Apesar de serem combatentes do crime fundamentalmente diferentes, Drake e Bruce Wayne/Batman compartilham um heroísmo impulsivo.

Drake também é um detetive competente por seus próprios méritos. Ele sabe que Bruce é o Batman. Ele não tem medo de revelar sua identidade ao Batman porque deseja trazer paz rápida para Gotham City. Esta versão de Robin não tem medo ou respeito pelo Batman. A franqueza do jovem Robin prova que ele é igual ao Batman. Do ponto de vista narrativo, essa visão sobre o relacionamento de Batman e Robin é uma ideia refrescante.

Hamm e Quinones ainda abraçam os melhores elementos do personagem, dando a ele uma atuação que às vezes não tinha em muitas representações anteriores. A intensa devoção de Robin ao bem-estar de Burnside demonstra que ele age por conta própria. Dentro da estrutura de seu relacionamento, é claro que a parceria de Batman e Robin é uma parceria de objetivos. Esse retrato também evita habilmente o hábito eticamente questionável de Batman recrutar adolescentes para lutar ao lado dele.

Por ter um Robin que é uma força independente para o bem em Gotham City, em vez de apenas ser a cópia do Batman, Batman ’89  apresenta um personagem muito mais completo, independentemente de sua conexão com o Cruzado Encapuzado. Robin pode se tornar um herói mais capaz à medida que cresce e utiliza os imensos recursos do Batman, mas isso não o classifica como um filho substituto ou o assistente leal. É uma tentativa genuína de transformar a Dupla Dinâmica em uma verdadeira parceria. O fato de ser um Robin que luta pelos menos afortunados de Gotham City o torna ainda mais adequado. Robin pode se concentrar em nuances específicas de sua missão compartilhada, em vez de apenas contrastar diretamente com o próprio Batman.

Batman ’89 encontrou uma maneira de apresentar um Robin totalmente original que se sente tão desenvolvido quanto qualquer um dos Robins centrais em apenas um punhado de questões. Ele pega certos elementos de outras encarnações do personagem – as brincadeiras de Dick Grayson, a impulsividade de Jason Todd, a inteligência de Tim Drake – enquanto também se destaca como seu próprio personagem graças à sua atuação e heroísmo aprimorados. Se ele tivesse sido apresentado nos filmes do Batman que se seguiram ao Batman: O Retorno , a interpretação de Drake Winston poderia muito bem ter redefinido o personagem.

[créditos: CBR]

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