O final de The Batman evita a pior tendência de vilão dos filmes do Cavaleiro das Trevas

Existem muitas regras não escritas nos filmes do Batman, e The Batman de Matt Reeve evitou com razão uma das maiores – e piores – tendências de vilões neles. Com uma...

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Existem muitas regras não escritas nos filmes do Batman, e The Batman de Matt Reeve evitou com razão uma das maiores – e piores – tendências de vilões neles. Com uma narrativa complexa que valorizava o lado detetivesco do personagem, The Batman levou o cruzado de capa de volta às suas origens e criou algo próximo de um reboot perfeito. Para cumprir essa difícil missão, o Batman escolheu o Charada como o principal vilão em uma história que também viu Mulher-Gato, Pinguim e Carmine Falcone.

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Enquanto quatro vilões do Batman apareceram no filme, é essencialmente o Charada que era o principal antagonista de The Batman. Mulher-Gato estava longe de ser uma vilã, Pinguim ainda era apenas um capanga, e Carmine Falcone desempenhou um papel nos bastidores mais a par de seu histórico de quadrinhos. Felizmente, no entanto, o Charada não seguiu algumas tendências convencionais encontradas nos filmes do Batman.

The Batman respeitou muitas tradições de filmes anteriores do Batman – ter mais de um vilão na mesma história e uma cena de perseguição ao Batmóvel  – mas evitou corretamente a mais irritante: matar um grande vilão no final do filme. Do Coringa de Jack Nicholson em Batman a Bane e Talia Al Ghul em O Cavaleiro das Trevas Ressurge, pelo menos um dos principais vilões do Batman foi morto no final de cada filme. Seja uma regra não escrita herdada dos filmes de James Bond que tomou conta da franquia Batman após o filme de Tim Burton ou uma simples coincidência, o fato é que a grande maioria dos vilões do Batman nunca retorna para o próximo filme.

Na verdade, o Espantalho de Christopher Nolan foi o único vilão do Batman a aparecer em mais de um filme da mesma continuidade. The Batman pode quebrar essa tendência, pois deixou o Charada vivo no final do filme. Mesmo derrotado e com os efeitos de seu plano mestre diminuídos por Batman, o Charada não encontrou seu fim em nenhuma queda ou explosão como outros vilões anteriores. Em uma decisão de história muito mais interessante, o Charada foi levado para o Arkham State Hospital.

Uma das razões pelas quais os filmes do Batman antes dos anos 2000 sempre pareceram muito episódicos foi justamente a ausência de vilões recorrentes na franquia. Nem mesmo a trilogia Cavaleiro das Trevas de Nolan, que pela primeira vez seguiu a história do mesmo Batman por mais de dois filmes, conseguiu criar algo como a galeria de vilões. Cada vilão serviu a um propósito muito único em cada parcela e raramente ou nunca foi referenciado no próximo filme.

Quando se trata de criar um mundo do Batman que pareça real enquanto ecoa os quadrinhos, é essencial manter vivos os principais personagens da mitologia do herói. O diretor Matt Reeves já manifestou interesse em criar um universo compartilhado do Batman, e manter o Charada vivo pode ajudar. Isso não apenas garante que um personagem interessante e um ótimo ator possa retornar para futuras sequências, mas também ajuda a criar a noção de que esta Gotham City está sempre viva e que a galeria de bandidos do Batman pode se tornar uma coisa. Os poucos minutos mostrados do Charada e seu novo amigo em Arkham já ofereceram uma nova dinâmica nos filmes do Cavaleiro das Trevas e provocaram algumas possibilidades emocionantes.

Ao evitar a tradição de matar os principais vilões no final do filme, The Batman garante que seu universo pareça uma coisa viva e respirando. Com vilões como Charada, Coringa e Pinguim andando por Gotham City, sempre haverá um novo desafio para o Batman de Robert Pattinson. E esses desafios só podem se tornar mais potentes com o tempo, deixando o público teorizar sobre como e por que alguns vilões do Batman podem retornar.

[créditos: Screen Rant]

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