Henry Cavill pode ter sido excelentemente escalado como Superman em O Homem de Aço, mas o DCEU teria feito mais sentido se o kryptoniano escolhido para seus filmes tivesse sido a Supergirl. Man of Steel enfatiza a natureza não humana do Superman como um alienígena vivendo na Terra, mas essa caracterização é confusa para um homem que cresceu como um menino de fazenda na América rural. Em uma história sobre um herói escolhendo a humanidade ao invés de seu próprio povo e aprendendo a ver o valor do planeta Terra, uma melhor escolha de personagem seria aquele que sabe como o planeta Krypton e seu povo realmente eram – e esse personagem é a Supergirl.
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Com uma história de quadrinhos confusa, houve algumas versões diferentes de Supergirl. Ela fez sua estreia nos quadrinhos em Superman #123 de 1958 como pouco mais do que uma contraparte feminina do Superman, começando como personagem coadjuvante antes de conseguir um papel principal em um arco de história na Adventure Comics em 1969.
Na maioria das representações, seu nome é Kara Zor-El, a prima do Superman (Kal-El), e uma refugiada do mundo condenado de Krypton. Sua caracterização variou muito ao longo dos anos, mas a faceta mais interessante de seu personagem é que, enquanto Superman chegou à Terra como um bebê e cresceu como humano, Supergirl cresceu kryptoniana e tem que aprender a se encaixar na Terra.
É o lado kryptoniano de sua personalidade que faria a Supergirl se encaixar muito melhor nas histórias que o DCEU tentou dar ao Superman. Uma cena no início da Liga da Justiça exemplifica isso, com crianças perguntando ao Superman qual é sua coisa favorita sobre a Terra. É um momento alegre, mas, para alguém que nunca conheceu outro lugar além da Terra, essa pergunta parece quase um insulto, mostrando como ele ainda é visto como um estranho.
Supergirl, por outro lado, seria realmente capaz de comparar a vida na Terra com sua experiência como kryptoniana. Não faz sentido retratar o Superman como um alienígena, mas combina muito bem com a Supergirl. A Terra é a casa dele, mas não dela.
O enredo da segunda metade de O Homem de Aço se transforma em algo parecido com uma história de invasão alienígena, atraindo críticas pela forma como o Superman parece ter muito pouca consideração por danos colaterais. Enquanto o momento culminante o mostra matando o General Zod para salvar um grupo de humanos, isso parece em desacordo com a carnificina desenfreada causada por sua batalha.
Como alguém que passou toda a sua vida na Terra, Clark Kent deveria estar se esforçando mais para evitar a destruição em larga escala de Metropolis. Kara Zor-El, por outro lado, poderia facilmente ser escrita nesta história para não mostrar tais escrúpulos. Tendo crescido em outro lugar, a Terra não é seu planeta e Metrópolis não é sua cidade. Ela poderia até ser incluída na sequência do prólogo de Krypton, fortalecendo seu propósito dentro da história e mostrando como ela teria uma melhor compreensão de quem é Zod e do que ele é capaz.
A série da CW, Supergirl, é a representação com a qual muitos espectadores provavelmente estarão mais familiarizados, mas a Supergirl é muito diferente nos quadrinhos, mais ousada e menos educada. Melissa Benoist tem um desempenho sólido como a heroína-título, mas algumas representações cômicas de Supergirl a mostraram muito menos inclinada a simplesmente tentar se encaixar na humanidade.
As histórias em quadrinhos da Supergirl colocaram maior ênfase na dor que ela logicamente sentiria ao saber que todo o seu mundo natal se foi para sempre. Ao contrário do Superman, a Supergirl é mais interessante como uma desajustada que luta para encontrar um lugar entre os humanos. Uma história com esta versão da Supergirl, aprendendo a ver o valor da humanidade, combinaria muito melhor com os outros heróis do DCEU.
Enquanto o lugar do Superman no DCEU é atualmente incerto, Supergirl fará sua estreia no filme The Flash. Será interessante ver que caracterização é dada à última filha de Krypton, personagem que, em alguns quadrinhos, encontrou mais em comum com os guerreiros de Themyscira do que com a humanidade. Pelo menos ela finalmente receberá um melhor tratamento cinematográfico do que no filme Supergirl de 1984. Seria difícil ficar muito pior.
[créditos: Screen Rant]
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