10 perguntas em Coringa 2 que não foram respondidas

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Grande parte do que torna Coringa 2 tão cativante é que muitas das perguntas sem resposta ficam abertas à interpretação, o que é proposital. Estas, então, são as 10 perguntas mais prementes que têm sido tema de discussão desde o lançamento. Confira:

10 – Tudo o que Arthur vê é produto da sua imaginação?

O estado mental atormentado do Coringa volta a ser o centro das atenções em Coringa 2, com suas ilusões perpassando o filme principalmente na forma de sequências musicais. Isso era de se esperar, dado que o subtítulo francês se traduz para “Loucura a Dois” e é usado para descrever duas pessoas envolvidas em uma ilusão compartilhada.

Esta é uma questão desde o primeiro filme, que deu origem à teoria de que pelo menos a maioria dos assassinatos de Arthur Fleck foram imaginados. Seu relacionamento inexistente com Sophie, interpretada por Zazie Beetz, foi um exemplo claro de como as ilusões de Arthur podem parecer reais para o público.

9 – Lee está realmente grávida?

Coringa 2 inverte o roteiro da típica representação do relacionamento entre Coringa e Harley Quinn, tornando Lee, a abusiva mental. Lee mente sobre vários detalhes pessoais antes que seu romance turbulento culmine em uma suposta gravidez, após de alguma forma entrar na cela de confinamento solitário de Fleck. Mais tarde, Lee abandona Arthur depois que ele renuncia à sua persona de Coringa, esclarecendo que a ilusão compartilhada era a única coisa que ela perseguia.

Dado seu histórico desonesto, isso sugere que a gravidez foi uma mentira. A questão é gera uma dúvida ainda maior pelo fato de que as falas finais de Arthur fazem parte de uma reprise musical de “Gonna Build a Mountain”. Em que ele canta a letra “Com um filho jovem e talentoso para tomar meu lugar, deixarei um filho no meu paraíso na Terra”. Isso, no entanto, pode ser uma referência ao seu assassino.

8 – Quem Explodiu o Tribunal?

Coringa 2 não altera de duas áreas principais de encenação: o Asilo Arkham e o tribunal de Gotham. Neste último, Arthur decide em vão se representar no julgamento que enfrenta pelos assassinatos cometidos no primeiro filme. Sua defesa arrogante (ou a falta dela) não convence, levando a uma série de veredictos de culpado antes que o tribunal seja abalado por uma explosão de um carro-bomba do lado de fora. Isso mata vários dos habitantes do tribunal (e causa cicatrizes em metade do rosto de Harvey Dent) e permite que Fleck saia livre dos destroços.

A natureza altamente pública do julgamento e as multidões de apoiadores fora do tribunal sugerem que eles tentaram intencionalmente libertar o Coringa com a bomba, à medida que ficava claro que ele seria condenado. No entanto, isso colocou sua vida em perigo. A explicação mais razoável é que seus apoiadores fizeram a bomba. Por outro lado, o perigo que ela representava para a vida de Fleck sugere que Lee também poderia tê-la feito, já que ele saiu do tribunal momentos antes, após rejeitar a renúncia de Fleck ao Coringa.

7  – Havia um visitante? Se sim, quem era?

O final controverso de Coringa 2 ser recapturado e reencarcerado após sua tentativa de fuga pós-explosão. De volta a Arkham e severamente abatido, informam ao Coringa que ele tem um visitante antes que um único guarda de Arkham o conduza por um corredor vazio. No entanto, o “Jovem Prisioneiro” de Connor Storrie o segue, conta uma piada a Arthur e, em seguida, o esfaqueia até a morte, cortando um sorriso em suas próprias bochechas.

A morte de Arthur foi uma reviravolta significativa depois que a promessa de um visitante sugeriu que a sorte de Arthur poderia estar prestes a mudar. Se realmente existiu um visitante, qualquer fã da DC especularia sobre qual personagem estabelecido da DC poderia ser, como Dent em sua forma de Duas-Caras, Charada ou até mesmo outro dos capangas do Coringa. No entanto, os pode ser capaz que o visitante nunca existiu. E que alguém levou Fleck intencionalmente para o corredor para que fosse esfaqueado.

6 – Por que Arthur disse que nunca houve um Coringa?

Outro dos momentos mais controversos do filme veio durante o julgamento de Arthur Fleck, após ele renunciar à sua persona de Coringa para o mundo. Lee e vários de seus apoiadores (incluindo alguns no mundo real) o rejeitam após ele afirmar que nunca houve uma personalidade alternativa do Coringa e que as ações foram obra do próprio Arthur Fleck.

Essa reviravolta chocante basicamente contradiz todo o primeiro filme de Arthur Fleck, que girava em torno de suas ilusões e ações como Coringa. Arthur pode ter tentado angariar algum nível de apoio do júri com sua admissão. Mas o fato de que ele parece ser substituído no final do filme sugere que isso é, de fato, a verdade. Ainda assim, faz pouco sentido sugerir que “nunca” houve um Coringa, quando as legiões de imitadores e as evidências em vídeo sugerem exatamente o contrário – mesmo que o Coringa nunca tenha sido uma personalidade alternativa.

5 – Coringa 2 é um prelúdio?

Ao terminar com a morte de Arthur Fleck, o filme parece traçar uma linha definitiva em sua história. Uma ressurreição ao estilo dos quadrinhos seria totalmente deslocada nesta adaptação sombria e realista de um personagem da DC. No entanto, vários elementos sugerem que o filme pode ser um prelúdio. Entre eles está o fato de que, embora o Coringa de Arthur Fleck seja uma versão não fiel aos quadrinhos.

Tudo indica que Arthur Fleck nunca foi o verdadeiro Coringa, e que, após sua morte, outros personagens do universo DC estão sendo preparados para surgir em Gotham. A idade de Bruce Wayne ao longo dos dois também é uma grande pista de que esses filmes podem ser prelúdios de uma futura história do Batman.

4 – Por que os guardas abusaram do Arthur?

Uma das cenas mais perturbadoras do filme sugere fortemente que os guardas da prisão de Arkham abusaram sexualmente de Arthur a mando de Jackie. Após sua apresentação autoconfiante ao se defender no tribunal, os guardas aparentemente se ressentem dos comentários que o Coringa fez durante o julgamento. Ao retornar a Arkham, eles o arrastam violentamente para o banheiro da prisão e o despem à força. Onde fica implícito que causam grande dano sexual a Fleck.

A cena é um lembrete do tom brutal do filme, mas também pareceu um tanto inesperada. O nível extremo de maldade dos guardas é evidente nesse momento, provavelmente realizado como uma demonstração de poder sobre Fleck após ele recuperar sua confiança. Embora tenha conseguido transmitir a brutalidade da equipe de Arkham e levado à ruptura definitiva da persona do Coringa, muitos podem ter sentido que a cena foi especialmente gratuita.

3 – Existe um final alternativo?

O final do longa foi sombrio, especialmente para Arthur Fleck, cuja sentença de morte foi rapidamente executada por outro residente de Arkham. No entanto, pode ter parecido particularmente inesperado para quem assistiu aos trailers do filme. Que mostravam o Coringa andando livremente com Lee, sendo aclamado por seus fãs entusiasmados. A homenagem dos dois à famosa dança nas escadarias do primeiro filme também parecia fazer parte da história. Mas, no fim, isso não aconteceu.

Essa mudança completa no destino de Arthur não foi bem recebida por alguns fãs, que se sentiram enganados por uma possível propaganda enganosa. No entanto, também pode significar que as cenas dos trailers mostravam um final alternativo. No qual a performance de Fleck no tribunal foi suficiente para garantir sua liberdade, permitindo-lhe abraçar de vez sua persona do Coringa. Essa questão talvez seja respondida quando o filme for lançado em home video. Mas, por enquanto, presume-se que os trailers também retratavam uma das muitas ilusões de Arthur.

2 – Era o Coringa de Heath Ledger que assassinou Arthur?

Uma das maiores questões sobre o final do filme é se o assassino de Arthur Fleck é uma versão mais jovem do icônico Coringa de Heath Ledger em O Cavaleiro das Trevas. O fato de o personagem esculpir um sorriso em seu próprio rosto com a mesma faca usada para matar Fleck é impossível de ignorar, pois alude claramente à versão de Ledger. Além disso, é difícil não notar que Connor Storrie – um ator relativamente desconhecido até agora – tem uma certa semelhança com o falecido Ledger.

A singularidade do “sorriso de Glasgow” característico do Coringa de Ledger torna difícil argumentar que essa referência não foi intencional. Caso contrário, resta a pergunta: por que Todd Phillips escolheu mostrar o assassino alterando o rosto de maneira tão reconhecível? Por outro lado, se a intenção era sugerir essa conexão, isso poderia abrir uma série de inconsistências no enredo. Especialmente quanto às idades do Coringa e de outros personagens do universo DC presentes em Coringa 2.

1 – Por que Coringa 2 é tão controverso?

A sequência do aclamado Coringa, de Todd Phillips, tinha grandes expectativas a cumprir, mas as críticas sobre o filme está longe de ser unânime. Críticas foram dirigidas à frequência dos números musicais, ao ritmo lento e à revelação chocante de que Arthur nunca foi o verdadeiro Coringa. Por outro lado, os defensores elogiam exatamente esses elementos. E a ousadia do filme ao subverter expectativas e estabelecer um novo tipo de filme de quadrinhos.

Uma reação negativa a expectativas frustradas não é exatamente surpreendente. Embora o fato do filme ser um musical tenha sido bem avisado por vazamentos nos anos anteriores ao lançamento. O filme também reforça essa abordagem mais profunda do personagem e sua mente fragmentada. No entanto, uma parte significativa do público não recebeu bem as liberdades criativas tomadas. Mas se o filme realmente merece toda a crítica recebida ainda é uma questão em aberto.

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Fonte: Screen Rant