Opinião: Inconsistências marcam artigo da Rolling Stone contra Zack Snyder

Opinião: Inconsistências marcam artigo da Rolling Stone contra Zack Snyder

Opinião: Inconsistências marcam artigo da Rolling Stone contra Zack Snyder

Embora já tenha se passado mais de um ano desde o lançamento de Liga da Justiça de Zack Snyder, parece que tudo o que ocorreu em torno do filme...

Opinião: Inconsistências marcam artigo da Rolling Stone contra Zack Snyder
Imagem: Reprodução | Divulgação
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Embora já tenha se passado mais de um ano desde o lançamento de Liga da Justiça de Zack Snyder, parece que tudo o que ocorreu em torno do filme é algo que a Warner Bros. Discovery não será capaz de fazer as pessoas esquecerem tão cedo, visto a quantidade de polêmicas que ainda são geradas nas redes sociais em relação ao tema.

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Quando Zack Snyder saiu da produção de Liga da Justiça (2017) após a uma tragédia pessoal e diferenças criativas com a antiga administração da Warner, o estúdio trouxe Joss Whedon para reescrever páginas do roteiro e dirigir as refilmagens, que resultou em um fracasso de crítica e de público.

Anos depois, o ator Ray Fisher, e várias outras testemunhas, fizeram inúmeras acusações contra Whedon e os produtores Geoff Johns e Jon Berg, afirmando que o cineasta tratou o elenco e toda equipe de maneira abusiva, e que este comportamento teria sido respaldado pelos dois executivos.


Depois do lançamento do corte original em 2017, um movimento de fãs, reunidos pela hashtag #ReleasetheSnyderCut, surgiu, cresceu e pressionou a Warner Bros. para que o estúdio lançasse o corte de Snyder. Mas o movimento não apenas fez campanha para o lançamento da versão do diretor.

Os fãs também começaram uma campanha social que arrecada dinheiro para a Fundação Americana de Prevenção ao Suicídio (AFSP), chegando a acumular mais de 1 milhão de dólares. Em maio de 2020, a Warner acabou cedendo aos pedidos e permitiu que Snyder voltasse para concluir seu corte.

Zack Snyder

Com quatro horas de duração, Liga da Justiça de Zack Snyder teve uma recepção muito positiva e fez ótimos números nas plataformas digitais ao redor do mundo. No entanto, um artigo recente do site Rolling Stone afirma que a campanha #ReleaseTheSnyderCut não foi exatamente tão orgânica.

Segundo a matéria, 13% das contas que participaram dos pedidos pela versão de Snyder eram falsas. Considerando os altos números que a campanha atingiu ao longo de vários anos, a porcentagem é pequena, mas a autora, Tatina Siegel, tenta fazer parecer com que seja relevante o suficiente para eclipsar a quantidade de pessoas reais que agitaram a internet.

O site também afirma ter conversado com mais de 20 pessoas envolvidas nas duas versões do filme, a maioria das quais acredita que o diretor estava arquitetando a campanha dos fãs. Em resposta, Snyder afirmou que, “se alguém” estava puxando os cordões no fervor da mídia social, era a Warner Bros. “tentando alavancar minha base de fãs para reforçar os assinantes de seu novo serviço de streaming”.

Uma fonte, sem nome e sem rosto, ainda teria afirmado que: “Zack era como um Lex Luthor causando estragos”. Também segundo o site, a extinta WarnerMedia encomendou silenciosamente uma série de relatórios de uma empresa de segurança cibernética terceirizada para analisar o movimento nas redes.

Snyder

Pelo fato do estúdio se recusar a restaurar o SnyderVerse, as pesquisas detectaram um aumento na atividade dos fãs que criavam conteúdo negativo sobre a WarnerMedia. Para variar, o artigo relativizou o fato de grandes executivos terem sido acusados de condutas abusivas e não ressaltou que tal acontecimento foi o estopim que gerou a ira dos fãs contra o estúdio.

Essa não foi a primeira vez em que a comunidade do SnyderVerse foi vinculada à bots e perfis falsos. A cena do filme em que o Flash entra na Força de Aceleração foi nomeada a número um da categoria popular “Momento Mais Emocionante” no 94º Oscar. A segunda categoria foi a ”Favorito dos Fãs do Oscar”, que acabou ficando com Army Of The Dead, outro longa de Snyder.

Para a edição de 2022, a Academia realizou uma votação para que os fãs escolhessem seus principais “momentos emocionantes” de uma coleção de filmes. Em maio, o site The Wrap alegou que uma ferramenta que analisa hashtags do Twitter parecia indicar que as contas mais ativas que contribuíram para o prêmio provavelmente eram bots automatizados.

No entanto, as contas em questão não poderiam ser “declaradas definitivamente” como bots. Quando pressionado sobre essa possível imprecisão pela Vanity Fair, a Academia manteve os dados, alegando que as obras vencedoras ficaram legitimamente no topo e que o sistema contabilizava e proibia contas suspeitas de votar.

Zack Snyder

Em um momento constrangedor da matéria, a Rolling Stone também colocou em dúvida a existência de Fiona Zheng, fundadora do site forsnydercut.com e uma das líderes do movimento. Acontece que Fiona foi convidada pela própria Warner Bros. para participar do primeiro DC Fandome durante o painel de Liga da Justiça de Zack Snyder.

Outras fontes teriam afirmado que diretor exigiu que os nomes de Johns e Berg (ambos acusados de condutas tóxicas e racistas), fossem removidos dos créditos de sua versão. Novamente sem qualquer prova concreta, o site afirma que o fandom do Snyder começou a surgir após o diretor contratar uma empresa de marketing digital para estimular o engajamento dos fãs em 2016.

Além de não apresentar documentos comprobatórios e usar alegações de pessoas anônimas, o site sugere que Ray Fisher estava sendo manipulado por Snyder ao testemunhar contra os abusos que enfrentou por parte do estúdio, mesmo que o ator tenha sido apoiado por outros membros do elenco como Gal Gadot e Jason Momoa.

Vale ressaltar que a matéria foi publicada algumas horas antes do lançamento de Liga da Justiça de Zack Snyder nas plataformas digitais, o que é uma situação no mínimo suspeita. Em suma, a narrativa que busca ser construída pela autora do artigo é que toda a base de fãs do SnyderVerse não é fruto de uma paixão inerente e orgânica de pessoas reais.

O fato é que Zack Snyder enfrentou um dos maiores estúdios da indústria e feriu o ego de muitos executivos poderosos. Portanto, essa não foi a primeira campanha difamatória contra o cineasta e provavelmente não será a última. Mas e você, quais os seus pensamentos sobre tudo isso? Comente em nosso grupo do Telegram!

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