Adão Negro terá bilheteria menor que a do flop da Marvel Eternos

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Até a última terça-feira, dia 6 de dezembro, Adão Negro tinha US$ 165.3 milhões no mercado doméstico (que inclui os EUA e o Canadá) e US$ 219.5 milhões nos mercados internacionais (todos os outros países). Isso lhe dá uma bilheteria global de US$ 384.8 milhões.

É um número digno dos filmes da Marvel do ano passado (excluindo o bilionário Homem-Aranha: Sem Volta para Casa), que estrearam em um momento mais grave da pandemia, no qual bem menos pessoas estavam vacinadas.

Viúva Negra, o primeiro longa do MCU pós-Covid 19, conseguiu arrecadar mais nos EUA do que Adão Negro (US$ 183.7 milhões), a despeito de ter estreado simultaneamente por um preço adicional no Disney+. Porém, o filme solo de Natasha Romanoff faturou menos nos mercados internacionais (US$ 196.1 milhões), o que lhe dá um total global (US$ 380 milhões) levemente menor que o de Adão Negro.

O filme seguinte da Marvel foi Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis, que teve uma excelente performance na bilheteria doméstica: US$ 224.5 milhões, ou seja, quase US$ 60 milhões a mais do que Adão Negro. Na internacional, ficou levemente abaixo de Teth-Adam: US$ 208 milhões. Ainda assim, como seu desempenho nos EUA foi tão acima da média (era a maior bilheteria do ano por lá até Sem Volta para Casa), seus números globais foram comparativamente superlativos: US$ 432 milhões.

Em novembro, a Marvel lançou o ambicioso Eternos, que acabou se tornando seu primeiro filme com uma cotação negativa no Rotten Tomatoes e foi considerado um fracasso nas bilheterias. Sem as boas críticas de Shang-Chi ou a renda adicional vinda do Disney+ de Viúva, mas com um caríssimo custo de produção de US$ 200 milhões, Eternos foi a primeira indisputada decepção da Marvel nas bilheterias desde O Incrível Hulk, em 2008.

Na bilheteria doméstica, o desempenho de Eternos (US$ 164.8 milhões) ficou levemente abaixo do de Adão Negro. Porém, na internacional, o filme comandado por Chloé Zhao se saiu melhor do que Viúva e Shang-Chi (US$ 237.2 milhões). Seu total global, portanto, foi de US$ 402 milhões, o que ainda assim não foi o suficiente para salvá-lo do flop, graças ao seu altíssimo orçamento. Porém, são quase US$ 20 milhões a mais do que o anti-herói de Dwayne Johnson.

E aí está o grande vilão de Adão Negro: o custo de produção. Seus US$ 200 milhões significam que o longa precisaria arrecadar mais de US$ 550 milhões globalmente para dar lucro e ser considerado um sucesso. Sem a ajuda das bilheterias russa e chinesa (Eternos ao menos foi lançado na Rússia graças ao fato de ter saído meses antes da guerra com a Ucrânia), isso seria praticamente impossível para um longa baseado em personagens desconhecidos e mal recebido pela crítica.

Nem mesmo o star power de Johnson ajudou muito. Sua maior bilheteria global como protagonista fora de franquias estabelecidas como Velozes & Furiosos e Jumanji foi Terremoto: A Falha de San Andreas, lançado no longínquo ano de 2015 e que arrecadou US$ 456 milhões – o que ainda não seria o bastante para Adão Negro.

Para resumir, o “Homem de Preto” custou muito e, nas condições atuais (sem Rússia, sem China, sem boas críticas, sem o auxílio de uma marca forte como o MCU, etc.), jamais chegaria sequer aos US$ 450 milhões.

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[fonte: Box Office Mojo]