[CRÍTICA] Besouro Azul é um excelente pontapé inicial de uma nova DC

Mesmo se não for canônico para o novo DCU, o filme Besouro Azul marca o início de uma nova era promissora e encantadora da DC nos cinemas.

[CRÍTICA] Besouro Azul é um excelente pontapé inicial de uma nova era da DC

Mesmo se não for canônico para o novo DCU, o filme Besouro Azul marca o início de uma nova era promissora e encantadora da DC nos cinemas.

[CRÍTICA] Besouro Azul é um excelente pontapé inicial de uma nova era da DC
SURPREENDENTEMENTE BOM
Imagem: Reprodução | Divulgação
PUBLICIDADE

Produzido inicialmente para ser o primeiro filme de um DCU que não será mais desenvolvido, que seria comandado por Walter Hamada, antigo presidente da DC Films, Besouro Azul chega aos cinemas nesta semana sem ter uma franquia definida, já que a adaptação não foi confirmada até momento no vindouro Universo DC de James Gunn Peter Safran, co-CEOs da DC Studios, e nem no quase falecido DCEU.

Contudo, o Besouro Azul de Xolo Maridueña, protagonista do novo longa dcnauta, foi descrito por Gunn como sendo o “primeiro herói do novo DCU“. O que significa que, ao menos, o herói mexicano já está garantido na nova DC.

No entanto, se Besouro Azul for um sucesso de público e de crítica, é bem possível que a obra possa ser considerada canônica para o DCU de Gunn, ou que seus eventos tenham continuidade em futuras produções da DC. Mas será que o filme tem esse potencial todo?


PUBLICIDADE



TRAMA

“O recém-formado Jaime Reyes volta para casa cheio de aspirações para o futuro, apenas para descobrir que o lar não é exatamente como ele o deixou. Enquanto ele procura encontrar seu propósito no mundo, o destino intervém quando Jaime inesperadamente se encontra na posse de uma antiga relíquia da biotecnologia alienígena: o Escaravelho.

Quando o Escaravelho de repente escolhe Jaime para ser seu hospedeiro simbiótico, ele recebe uma armadura incrível capaz de poderes extraordinários e imprevisíveis, mudando para sempre seu destino enquanto ele torna-se o Super Herói Besouro Azul.”


FILME

Besouro Azul é, ao lado de O Esquadrão Suicida, o filme mais divertido que a DC lançou até hoje. Porém, diferentemente da obra de James Gunn, que é destinado para um público mais maduro, o filme de Angel Manuel Soto é voltado para toda a família. Família que é uma parte importante e um grande acerto de Besouro Azul, sendo retratada brilhantemente pela Família Reyes – a família do herói mexicano. 

Mas o que torna mais especial essa família é o fato dela ser uma típica família latina. A representatividade é outro destaque de Besouro Azul. Não há espaço para estereótipos aqui. Muito pelo contrário, o filme, que é dirigido por um porto-riquenho e escrito por um mexicano, se aprofunda na origem e na cultura latina.


Besouro Azul também é um ótimo filme de super-herói. Mesmo com a saturação de histórias de origens de heróis nos cinemas, o longa consegue não repetir a fórmula do gênero inserindo um herói cativante e de personalidade única, abraçando as raízes latinas do personagem e compartilhando a descoberta dos superpoderes do Besouro Azul com seus familiares, o que gera uma dinâmica nova.

Com muitos tons vibrantes das cores neon, efeitos especiais caprichados (bem melhores do que os de The Flash) e um um traje impecável do herói-título, Besouro Azul é um filme muito bonito de se ver.


Mas também há pontos negativos no longa, que são a sua pouca ação, talvez por conta do baixo orçamento da produção, e os seus vilões, que são genéricos e sem carisma.

DIREÇÃO E ROTEIRO

O diretor Angel Manuel Soto entrega um estilo elegantíssimo em Besouro Azul e uma representatividade de dá gosto ao cruzar elementos futuristas e neon com a cultura latina raiz e moderna. Soto também manda bem dirigindo algumas cenas de ação que parecem ser influenciadas pelo jogo de videogame Injustice.

Infelizmente, foram poucas as cenas de ação, e isso fez falta no filme. Soto peca um pouco também ao dramatizar demais certos momentos que não eram necessários muito drama.

O roteiro de Gareth Dunnet-Alcocer é simples, mas eficaz. Dunnet-Alcocer deveria ter explorado melhor os vilões, mas isso é compensado pelos acertos na comédia, nos detalhes e nos diálogos da Família Reyes e na riqueza de características de tradições e referências latinas.

XOLO MARIDUEÑA

Xolo Maridueña como Jaime Reyes/Besouro Azul é uma escalação PERFEITA demais, não só na aparência, mas também na atuação e no carisma. Parece que ele interpreta o herói mexicano dcnauta há vários anos. É fácil entender porque James Gunn quer que o Besouro Azul de Maridueña continue no novo DCU.

Sobre seu personagem, o Besouro é um herói visualmente lindo e que tem os melhores poderes vistos nos cinemas. A tecnologia alienígena do Escaravelho permite que que ele possa criar qualquer arma ou escudo de energia com a força do pensamento. Resumidamente, o Besouro Azul é o que o Lanterna Verde de Ryan Reynolds deveria ter sido.

Em termos de personalidade, o Besouro Azul lembra o Homem-Aranha de Tom Holland, só que muito mais legal. É um tipo de herói que faltava na DC: jovem e jovial, mas não infantil como o Shazam.

BRUNA MARQUEZINE

A Jenny Kord de Bruna Marquezine não é um mero interesse amoroso do Besouro Azul. Na verdade, a personagem tem uma grande importância para a trama. Ela é filha do desaparecido Besouro Azul Ted Kord, herdeira das Indústrias Kord, sobrinha da vilã Victoria Kord, faz a ligação entre os Besouros Azuis e ainda tem um bom destaque no terceiro ato do longa (sem spoilers). Este deve ser o maior papel de um brasileiro em Hollywood desde Rodrigo Santoro em 300.

Em relação a atuação de Marquezine, ela está muito bem de modo geral. No início e no meio da trama, ela alterna entre altos e baixos momentos. Positivamente, ela demonstra bastante química com o ator Xolo Maridueña e entrega uma ótima dose de drama a sua Jenny. Negativamente, ela é pouco expressiva em algumas cenas e parece um tanto insegura. No entanto, no final de Besouro Azul, Marquezine BRILHA MUITO. 

FAMÍLIA REYES

Embora o protagonista seja ótimo, é a Família Reyes quem rouba a cena. Com muito humor e muita emoção, são os parentes de Jaime que fazem Besouro Azul não ser apenas mais um bom filme de super-heroi, mas também um bom filme universal, que sobressai ao gênero, façanha que poucos longas recentes da DC conseguiram.

O destaque da família vai para o inconveniente e hilário Tio Rudy de George Lopez e a surpreendentemente cômica Avó Nana de Adriana Barraza, que tem uma atuação (a melhor do longa) digna de prêmios.

Torcemos para que a Família Reyes continue no DCU de Gunn, pois, como o próprio Besouro Azul diz na trama, é a sua família quem lhe deixa mais forte. Trazer o herói sem seus entes queridos seria como ter uma continuação da série Todo Mundo Odeias o Chris sem Julius, Rochelle e os irmãos de Chris.

VILÕES

Como dito anteriormente, os vilões de Besouro Azul são o ponto fraco do filme. A personagem Victoria Kord, interpretada pessimamente pela atriz Susan Sarandon, é uma vilã rica e “mental” bastante superficial e chata. Embora tenha um momento bonito no final, Conrad Carapax (Raoul Max Trujillo), que faz o vilão físico, falha em sua missão de ser intimidador/aterrorizante.

DC

Apesar de algumas referências a outros grandes heróis da DC, Besouro Azul é um filme isolado do DCEU ou do DCU. Porém, isso acaba sendo uma coisa boa, já que o longa não fica preso às interferências e limitações de uma franquia e tem mais liberdade para sair fora da caixinha.

Ao mesmo tempo, Besouro Azul prepara o terreno para várias coisas excitantes ligadas ao mundo do herói azulado que devem ganhar continuidade no novo DCU.

Em relação aos quadrinhos, a adaptação é bem fiel à história do Besouro Azul e deverá agradar os diferentes fãs das três versões do personagem.

VEREDITO

Apesar de não contar bons vilões e ter poucas cenas de ação, Besouro Azul é um filme muito divertido, bonito e até emocionante de se assistir. O fato de não ser uma história muita conectada a outras produções dcnautas contribui bastante para o longa do herói mexicano ser algo único e especial. 

Mas os grandes diferenciais de Besouro Azul são a sua representatividade e o seu enfoque familiar. Poucas vezes um blockbuster de Hollywood representou tão bem a comunidade latina, que abrange desde os mexicanos até os brasileiros. E a Família Reyes tem tudo para entrar para o Hall das melhores famílias das telonas.

Ainda não está claro se Besouro Azul fará parte ou não do novo DCU, mas mesmo se não fizer, a adaptação ainda será visto como um excelente pontapé inicial para uma nova era cinematográfica da DC, ao mesmo tempo que também é um ótimo filme fechado em sua própria história.

NOTA: 9/10

O que você achou dessa crítica? Comente abaixo em nosso bloco de comentários.

Besouro Azul estreia nos cinemas brasileiros em 17 de agosto.

Acompanhe o Legado da DC e saiba tudo sobre os filmes dcnautas.


2 Comentários Sobre o Assunto
  1. Aparecida Bomfim disse:

    Tudo que a Bruna Marquezine fizer, para mim é nota 1000!!! Tô com ela em tudo que fizer!!!

  2. Camila disse:

    EU adorei o filme. Confesso que na primeira cena da Bruna fiquei c pé atrás, mas depois amei ela. Chorei em uns 3 momentos, o que deu um Q a mais ao filme. Adorei mesmo. E recomendo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

© 2020-2023 Legado da DC, uma empresa da Legado Enterprises.
Developed By Old SchooL