[CRÍTICA] Sociedade da Justiça: Segunda Guerra Mundial

[CRÍTICA] Sociedade da Justiça: Segunda Guerra Mundial

[CRÍTICA] Sociedade da Justiça: Segunda Guerra Mundial

Depois de Sociedade da Justiça: Segunda Guerra Mundial, dá para dizer que o Flash está para os longas animado assim como o Batman está para os filmes em live-action....

[CRÍTICA] Sociedade da Justiça: Segunda Guerra Mundial
Imagem: Reprodução | Divulgação
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Depois de Sociedade da Justiça: Segunda Guerra Mundial, dá para dizer que o Flash está para os longas animado assim como o Batman está para os filmes em live-action.

Resumidamente, o Velocista Escalarte é hoje o melhor super-herói das animações dcnautas. Sua capacidade de viajar no tempo e por outras terras do multiverso faz do Flash o personagem mais rico em termos de narrativa.


E como nos filmes animados não há (tantas) limitações orçamentais, de locações e de cronogramas das produções em carne e osso, tudo que se pode colocar em uma história dos heróis da DC é possível com o Flash presente.


Mas, enfim, vamos à Sociedade da Justiça: Segunda Guerra Mundial. Para quem pergunta se o longa tem ligação com a Liga da Justiça Sombria: Guerra de Apokolips, a resposta é não. Bem, na verdade, não oficialmente.

Justice League Dark foi o fim do universo animado da DC que começou com a Liga da Justiça: Ponto de Ignição. A Sociedade da Justiça já pertence a outro universo. E não há qualquer menção ou indício em Justice Society que a trama é algum tipo de continuação do filme anterior.


Sociedade da Justiça: 2ª Guerra Mundial começa no passado com o piloto e Coronel Steve Trevor apresentando a Sociedade da Justiça América para o presidente dos EUA Franklin D. Roosevelt, que, por sua vez, aceita o serviço da equipe na luta contra os nazistas na Segunda Grande Guerra.

Depois dos créditos iniciais, vamos para o futuro e vemos Barry Allen e Iris West fazendo um piquenique em Metrópolis. Apesar de Allen dizer para sua amada que não foi para essa cidade para pensar em seu trabalho de herói, logo fica claro que o corredor queria ver e conhecer o Superman (Sim, não existe ainda a Liga da Justiça).

E o plano dá certo. Barry ouve explosões e recebe a permissão de Iris para ele ir salvar mais um dia como Flash. Ao chegar no meio da confusão, Flash vê Superman lutando contra Brainiac e seus robôs. O Homem Mais Rápido do Mundo entra na batalha e ajuda o Super-Homem a se livrar das máquinas do vilão.

Porém, ao tentar segurar uma bala de kryptonita atirada por Brainiac, em direção ao vigilante de Metrópolis, Flash acaba entrando em um portal místico e vai parar na Segunda Guerra Mundial.

Lá, ele encontra com a SJA no meio da guerra contra os nazistas. A líder do grupo, Mulher Maravilha, inicialmente está desconfiada do garoto do futuro, mas após ele salvar, junto com o Flash clássico Jay Garrick, Steve Trevor de ser morto, a amazona muda de opinião sobre Barry.

Além de Diana Prince e Jay Garrick, a Sociedade da Justiça conta com: a Canário Negro original – Dinah Drake -, o Gavião Negro e Homem-Hora. O grupo também tem a ajuda de Flash do futuro e do piloto Steve Trevor para derrotar Hitler e o seu exército nazista.

Mas será que Hitler é a única grande ameaça da trama? E conseguirá Barry Allen retornar para o futuro? O filme se desenrola e responde essas perguntas.

Sociedade da Justiça: Segunda Guerra Mundial irá agradar os velhos e os novos fãs dcnautas. O time clássico dos quadrinhos finalmente ganhou seu filme solo e mostra ao mundo que há mais uma grande equipe da DC que merece se destacar.

A opção de colocar a Mulher Maravilha na SJA e como a líder do grupo é muito acertada. Todos os nerds já sabem que o principal par romântico da Diana é o militar Steve Trevor, que viveu durante a primeira metade do século XX. Logo, faz muito sentido a amazona pertencer a Sociedade da Justiça. A personagem também é um membro original do grupo nas HQs.

O Gavião Negro está sem a sua Mulher-Gavião e a ausência dela nessa nova reencarnação dele é bastante sentida pelo o herói. Apesar da melancolia, Hawkman faz uma boa dupla com a Canário Negro.

A Black Canary do filme não é a Canário que fez parte da Aves de Rapina e se relacionou com o Arqueiro Verde. Àquela é a segunda versão da Canário Negro, filha de Dinah Drake Lance, esta que se encontra em Sociedade da Justiça.  O passado atormenta a personagem do grito sônico e o futuro a assusta, já que aparentemente a equipe não é conhecida no tempo de Barry Allen.

O Homem-Hora é um outro herói da equipe e se mostra um personagem bem interessante devido a sua limitação. Ele só ganha super poderes por uma hora.

O Flash Jay Garrick tem seus poderes afetados e diminuído na trama por conta da presença do Flash Barry Allen. Não só os poderes, o velocista clássico acaba não brilhando muito sozinho na tela. Mas ele faz uma parceria bacana com a sua versão moderna.

Ah, e o The Flash de Barry Allen é a alma do filme. Fora os comentários positivos ao corredor no começo do texto, podemos dizer também que este é um Flash nos primeiros anos de combate ao crime e ele não conhece tanto da Speed Force. Ao mesmo tempo é prazeroso ver o herói se descobrindo. E ele é interpretado perfeitamente bem pelo ator Matt Bomer.

Rosto familiar? Ele quase foi o Superman em O Homem de Aço. Falando no Super-Homem, Bomer dublou o kryptoniano em Superman: Sem Limites.

O restante do elenco de voz também se destaca. Especialmente Stana Katic, que transmitiu bastante imponência e um sotaque estranhamente único e carismático para a Mulher Maravilha; e Omid Abtahi, como Gavião Negro, que brilhou com sua carga dramática.

Os traços da animação são um bom misto de realismo com saudosismo dos desenhos dos anos 2000 da Liga. A batalha final parece que até saiu dessa época. E é bom rever o Superman com cueca vermelha.

Adiantamos que esta não é uma obra para crianças. Ele é sangrento, pesado e sombrio. Do que jeito que o dcnauta gosta. Há cenas que podem fazer você saltar da cadeira.

Mas certamente a melhor coisa do filme são seus plot twists. Os trailer e os clipes do longa não entregaram nada. Algo raríssimo hoje em dia. Essa humilde crítica também seguiu o mesmo caminho e não revelou nada importante, fiquem tranquilos.

E as reviravoltas de Sociedade da Justiça: Segunda Guerra Mundial não funcionam só porque não estão nos vídeos de divulgação. Obviamente que esse fator ajuda na surpresa do público, mas os plot twists dão certo principalmente por conta do roteiro e da direção da animação. Eles nos levam como passageiros e nos enganam como poucos longas animados da DC fizeram. Somos surpreendidos várias vezes no filme.

O terceiro ato talvez não tenha a mesma qualidade das primeiras partes, mas tem o seu valor e é eficiente.

A adaptação acaba com duas belas mensagens. A primeira é que devemos valorizar o presente, pois o futuro não é certo. A outra mensagem não é tão explícita quanto a anterior, é mais uma interpretação minha. Que é de conhecer o passado, para entender o futuro.

Veredito

Sociedade da Justiça: Segunda Guerra Mundial homenageia a Era de Ouro dos quadrinhos da DC de um modo bem classudo; evoca vários super-heróis clássicos da editora mantendo as essências dos personagens, mas os humanizando para um público contemporâneo.

O filme ainda consagra The Flash como o melhor herói das animações dcnautas. Tudo é possível com ele. E qualquer coisa fica melhor com a presença do Velocista Escarlate.

Mas principalmente, Justice Society ganhará também os amantes da sétima arte com as belas reviravoltas da trama. Se este for o pontapé do novo universo de filmes animados da DC (não está claro se Superman: O Homem do Amanhã também é da mesma franquia), é um começo com o pé direito, pé esquerdo, pé direito, pé esquerdo… corrida… Força de Aceleração!

Nota: 9/10

O longa animado ainda não tem previsão de estreia no Brasil. Mas ele já se encontra na Internet para comprar nos EUA e em alguns outros países.

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