Fonte da Vida, de Darren Aronofsky, e sua relação com a DC

Pouco antes do filme ser lançado nos cinemas, o roteiro já havia sido adaptado para quadrinhos no selo Vertigo/DC.

Fonte da Vida, de Darren Aronofsky, e sua relação com a DC

Pouco antes do filme ser lançado nos cinemas, o roteiro já havia sido adaptado para quadrinhos no selo Vertigo/DC.

Fonte da Vida, de Darren Aronofsky, e sua relação com a DC
Fonte da Vida
Imagem: Reprodução | Divulgação
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Em 2002, o diretor Darren Aronofsky tinha dois filmes muito cultuados na carreira: Pi e Réquiem para um Sonho. Apesar disso, seu projeto seguinte, Fonte da Vida, foi abandonado pelo estúdio pouco antes dos inicio das filmagens. Aronofsky originalmente havia planejado dirigir o longa com um orçamento de US $ 70 milhões, com Brad Pitt e Cate Blanchett nos papéis principais.




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No entanto, Pitt, cujas revisões solicitadas do roteiro não foram atendidas, deixou o projeto sete semanas antes do primeiro dia de gravação. Com o estúdio ameaçando encerrar o projeto, Aronofsky enviou o roteiro para o ator Russell Crowe como um substituto potencial para Pitt, que também acabou recusando. Em setembro de 2002, Jeff Robinov, presidente de produção da Warner Bros. Pictures, anunciou que a produção estava suspensa, com Blanchett recebendo uma compensação por seu tempo trabalhado. Cenários inteiros que foram construídos para a produção do filme, incluindo um templo maia de 10 andares, tiveram que ser leiloados, além de adereços e outros itens.

Logo após a produção ser suspensa, Darren entrou em contato com Karen Berger, a lendária editora do selo Vertigo, da DC Comics, que tinha sucessos como Monstro do Pântano, de Alan Moore, e Sandman, de Neil Gaiman, e mais uma vasta lista de títulos que haviam mexido com o mercado norte-americano de HQs nas duas últimas décadas. Karen aceitou adaptar o roteiro, sugerindo o artista Kent Williams, que já havia trabalhado em Sandman, como ilustrador.


O trabalho na graphic novel começou. Foi quando, em fevereiro de 2004, sem estúdio e elenco, o diretor decidiu realizar uma versão “de baixo orçamento” do filme, reescrevendo o roteiro para ficar mais esparso e usando suas experiências com filmes independentes. A Warner Bros. ressuscitou o projeto e escalou o ator Hugh Jackman para substituir Pitt no papel principal. O filme recebeu um segundo sinal verde com um orçamento de US $ 35 milhões. Em agosto, a atriz Rachel Weisz se juntou a Hugh Jackman, preenchendo a vaga deixada por Blanchett. As filmagens foram iniciadas no início de 2005 e duraram 60 dias.

Combinando elementos de fantasia , história, espiritualidade e ficção científica, Fonte da Vida segue Thomas, enquanto ele viaja por três épocas distintas: como um conquistador do século 16 lutando contra um exército maia feroz, nos dias atuais como um cientista em busca de uma cura pela doença mortal de sua esposa e no futuro como um astronauta imortal que busca descobrir os segredos de uma estrela moribunda. A história salta para frente e para trás a partir daí, mas é a trama que se passa nos dias atuais que estabelece a verdadeira base emocional para a narrativa. Sem tal arco, não haveria contexto para as histórias mais abstratas situadas nos séculos 16 e 25.


Embora o filme e a HQ tenham os mesmos personagens, você não verá uma representação gráfica de Hugh Jackman e Rachel Weisz nos quadrinhos, pois Kent Williams desenvolveu as ilustrações muito antes do filme ser lançado. O longa de Darren Aronofsky não é necessariamente uma adaptação da HQ da Vertigo, mas certamente a produção deixou sua marca na editora. Como o próprio Aronofsky explicou na San Diego Comic-Con de 2005, a graphic novel e o filme são duas interpretações diferentes da mesma história. Quem leu o livro terá uma visão mais completa do plano original do diretor, enquanto quem ver apenas o filme poderá curtir os mesmos temas em uma embalagem um pouco diferente. Ao comparar as duas mídias, o leitor percebe que ambas se utilizam da mesma história como sua semente, mas a HQ fornece uma viagem mais aprofundada, sendo talvez a “versão definitiva” do diretor. Infelizmente, a graphic novel nunca foi publicada oficialmente no Brasil.

Para saber mais sobre quadrinhos da Vertigo/DC, não deixe de acompanhar o Legado da DC.


 

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