The Flash tem abertura menor que as de Adão Negro e Eternos na bilheteria americana

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O longa arrecadou apenas US$ 55,1 milhões entre sexta e domingo. Considerando que esta segunda-feira será feriado nos EUA, ele poderá chegar até US$ 64 milhões em seus primeiros 4 dias. Isto é menos do que a Warner esperava: as expectativas do estúdio eram de US$ 70-75 milhões em 3 dias.

Além disso, é uma abertura consideravelmente abaixo das de longas como Adão Negro (US$ 67 milhões) e Eternos (US$ 71,3 milhões). Sabe o que esses dois filmes tem em comum? Nenhum deles foi considerado um sucesso, pois foram caros demais para os totais que arrecadaram (pouco acima de US$ 160 milhões).

Os números de The Flash são mais similares aos do primeiro Shazam! (US$ 53,5 milhões) e Homem-Formiga (US$ 57,2 milhões). Ambos, porém, traziam orçamentos menores e eram filmes mais intimistas do que os grandes blockbusters marvetes e DCnautas. The Flash, por outro lado, custou US$ 200 milhões para ser feito.

E o que gerou uma abertura tão abaixo do esperado para o que deveria ser o grande lançamento da Warner da temporada (o estúdio, aliás, segue sem lançar um incontestável blockbuster de sucesso desde Batman e Elvis em 2022)? Segundo o Deadline, a indisponibilidade do elenco de aparecer na mídia e nos programas de TV para promover o filme pode ter dificultado para que as audiências em geral, não tão ligadas em notícias sobre super-heróis na internet, tomassem conhecimento do longa.

Ezra Miller foi ocultado pela Warner durante toda a campanha de marketing e só apareceu (brevemente) no tapete vermelho na última segunda-feira. Michael Keaton fez o que pôde para promover o longa nas redes sociais, mas estava ocupado demais filmando Beetlejuice 2 em Londres para participar da campanha. Os tradicionais programas de entrevista noturnos na TV americana poderiam ajudar, mas estes se encontram suspensos devido à atual greve dos roteiristas em Hollywood.

Sim, a Warner se esforçou ao máximo para vender um filme tão problemático quanto esse, por meio de trailers, parcerias, spots de TV, etc. Mas no fim das contas, The Flash atraiu basicamente os maiores fãs da DC e de super-heróis em geral, mas nem tanto o público comum que, em meio a uma temporada com tantos blockbusters (a mais lotada de filmes desde antes da pandemia, e eu diria que nem 2019 teve tantas opções bombásticas quanto este ano), praticamente ignorou o longa solo de Barry Allen.

Pode ser também que as audiências estejam já cheias de tantos filmes sobre multiverso. Após uma série de longas da Marvel (Homem-Aranha: Sem Volta para Casa, Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania e o ainda em cartaz Homem-Aranha: Através do Aranhaverso) e até um vencedor do Oscar (Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo) esgotar o tema, The Flash não conseguiu oferecer nenhum insight novo sobre o assunto e acabou parecendo “apenas mais um”. O que é irônico, pois foi justamente um gibi do Flash dos anos 1960 que introduziu o conceito de Multiversos nas histórias de super-herói.

Enfim, será que ainda há esperança? Afinal, a semana que vem será a primeira desde o início de maio que não trará nenhum blockbuster novo. Além disso, Guardiões da Galáxia Vol. 3 também teve estreia ruim, mas conseguiu se recuperar graças ao excelente boca a boca e hoje já passou dos US$ 340 milhões nos EUA e US$ 800 milhões global. Poderiam as pessoas que de fato forem assistir The Flash falar que o filme é “bom, na verdade” e atrair outros que até então estavam desinteressados?

É possível, mas eu diria ser improvável. Afinal, The Flash tem muito mais problemas (polêmicas de Miller, recepção pior da crítica e público, falta de confiança na franquia, concorrência, etc.) do que Guardiões 3. Sendo realista, o velocista da DC pode alcançar um total mais próximo do de longas como Shazam! (US$ 140 milhões) e Velozes & Furiosos 10 (US$ 142 milhões), mas ainda abaixo de Adão Negro, Eternos, os três Homem-Formiga, os dois Venom, etc.

Besouro Azul e Aquaman e o Reino Perdido agora tem a missão muito mais difícil de recuperar a imagem da DC como capaz de entregar sucessos de bilheteria.

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[fonte: Deadline, The Numbers]

LEIA MAIS SOBRE THE FLASH

The Flash é o primeiro filme solo do super-herói Flash. A nova adaptação em live-action do DCEU apresenta o Homem Mias Rápido do Mundo viajando pelo Multiverso da DC.

A trama do longa mostra o Flash indo parar em um universo paralelo onde há uma versão idêntica e mais jovem sua, um outro Batman e uma Supergirl no lugar do Superman.

Confira a sinopse oficial de The Flash:

“Mundos colidem em The Flash quando Barry usa seus superpoderes para viajar no tempo e mudar os eventos do passado. Mas quando tenta salvar sua família e acaba, sem querer, alterando o futuro, Barry fica preso em uma realidade na qual o General Zod está de volta, ameaçando colocar o mundo em risco, e não há super-heróis a quem recorrer. A não ser que que Barry consiga persuadir um Batman muito diferente a sair da aposentadoria e resgatar um kryptoniano preso… mesmo que não seja exatamente quem Batman está procurando. Para salvar o mundo em que está e retornar ao futuro que conhece, a única esperança de Barry é usar seus superpoderes para salvar sua vida. Mas, se afinal, precisar desistir dela, será seu sacrifício suficiente para reconfigurar o universo?”

O filme é estrelado por Ezra Miller (Precisamos Falar sobre o Kevin) como Barry Allen/Flash, Ben Affleck (Argo) como Batman, Michael Keaton (Birdman ou (Fome de Poder) como Batman, Sasha Calle (The Young and the Restless) como Supergirl, Ron Livingston (Invocação do Mal) como Harry Allen, Kiersey Clemons (Dope: Um Deslize Perigoso)como Iris West, Antje Traue (Pandorum) como Faora-Ul e Michael Shannon (O Abrigo) como General Zod.

Dirigido por Andy Muschietti (It: A Coisa) e roteirizado por Christina Hodson (Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa), a partir de uma história de Joby Harold (Obi-Wan Kenobi), The Flash estrou nos cinemas do Brasil nessa última quinta, 15 de junho.

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