Coringa 2 pode ser um FRACASSO nas bilheterias
Previsões para Coringa 2 nas bilheterias acabam de ser divulgadas e o filme parece que irá faturar bem menos que o primeiro após críticas ruins.
Más notícias para Coringa: Delírio à Dois, o único filme da DC a ser lançado este ano. As primeiras previsões foram divulgadas após sua participação no Festival de Veneza e não são boas.
Segundo o World of Reel, as pré-vendas de ingressos para a abertura do filme estão no nível das de dois dos maiores desastres baseados em quadrinhos dos últimos anos: As Marvels e The Flash. Esses dois filmes abriram com respectivamente US$ 46,1 milhões e US$ 55 milhões. Portanto, se Coringa 2 tiver um primeiro fim de semana próximo dos desses dois fiascos, vai ser uma queda considerável em relação aos US$ 96 milhões do primeiro Coringa.
Já o Deadline estima uma abertura em torno dos US$ 70 milhões. É menos ruim do que fazer números no nível de As Marvels, porém não só seria bem abaixo do primeiro como também dos dois filmes do Venom (US$ 80 milhões para o primeiro e US$ 90 milhões para o segundo).
Para piorar, Delírio a Dois foi bem mais caro que o primeiro Coringa: enquanto o filme de 2019 saiu por US$ 55 milhões (bem menos do que o típico filme baseado em HQs da Marvel ou da DC), as últimas informações sobre sua sequência indicam um orçamento de US$ 200 milhões (agora sim mais próximo do orçamento de longas de super-heróis), embora o diretor Todd Phillips tenha dito em entrevista à Variety que tal número é “absurdo” (ele não revela os valores oficiais).
Ou seja: pelas primeiras previsões, Coringa: Delírio a Dois está caminhando para ser o maior pesadelo dos executivos de Hollywood: a sequência que custa mais caro e fatura menos do que o antecessor.
Mas por que o novo Joker está com previsões tão baixas nas bilheterias? A resposta está nas críticas que o longa recebeu no Festival de Veneza. Não é que as reviews são negativas por si só, pois o primeiro Coringa também dividiu a crítica. Atualmente, o longa de 2019 está com 69% no Rotten Tomatoes contra 62% de sua sequência enquanto esta matéria é escrita.
Claramente a saga de Arthur Fleck não é para todos. Mas o que pode efetivamente prejudicar o potencial do segundo capítulo nas bilheterias são o que dizem as críticas: que o longa se recusa a mostrar o Coringa como tal, engajando em caóticas sequências musicais com a Arlequina de Lady Gaga enquanto levam devastação às ruas de Gotham.
Como ressaltou o escritor Scott Mendelson em sua newsletter no Substack, mesmo blockbusters devastados pela crítica ainda podem faturar muito nas bilheterias se mostrarem aquilo que seu público quer ver. Por piores que sejam franquias como Velozes & Furiosos, Transformers, Crepúsculo e Cinquenta Tons, eles ainda conquistaram excelentes números de bilheteria uma vez que mesmo as reviews mais negativas ressaltaram que eles ainda trazem aquilo que seu público quer ver quanto compra um ingresso para tais filmes. No caso, carros velozes em sequências de ação absurdas, robôs gigantes se espancando, um romance proibido entre uma garota e um vampiro atormentado e cenas eróticas com muito BDSM.
No entanto, as críticas de Coringa 2 ressaltam que o filme não traz qualquer tipo de atrativo, de entretenimento, com sequências musicais pouco inspiradas e um Joker que passa a maior parte do tempo sendo abusado pelo sistema e se recusando a se assumir como o Palhaço do Crime que conhecemos.
Mendelson destaca que as reviews de Delírio a Dois mostram que o longa se esforça ao máximo para evitar de mostrar aquilo que o espectador quer ver. Por exemplo, David Ehrlich no IndieWire destaca que o longa é “dolorosamente (e talvez até deliberadamente) tedioso”, como se o diretor Todd Phillips tentasse refutar aquilo que ele crê que os espectadores tiraram do primeiro Coringa (não, Fleck não é um anti-herói popular que vai inspirar massas de homens violentos a cometerem atos de terrorismo ou algo do tipo).
Já Owen Gleiberman na Variety ressalta que Arthur nunca chega a se tornar o Coringa de verdade, ou mesmo se assumir como tal. Se no primeiro filme o personagem era uma figura ordinária comum que após anos de abusos acaba cometendo uma série de assassinatos e sendo abraçado como um poderoso e psicótico vilão, aqui ele… continua sofrendo injustiças do sistema e não tenta matar ninguém nem muito menos liderar uma revolução.
Gleiberman indica que Phillips parece ter ouvido e se chateado com as críticas ao primeiro Joker que diziam que o longa serviria para como um grito de guerra para incels que abririam fogo em mais tiroteios em massa nos EUA. Por isso, o diretor fez um filme onde “Arthur é apenas o pobre Arthur; ele não faz nada de errado e não ameaça as sensibilidades de ninguém. Na verdade, ele estraga a única coisa boa que lhe aconteceu – conquistar o amor de Lee Quinn – porque ele nega o Coringa em si. Ele é apenas um palhaço que canta e dança vivendo em sua imaginação. Isso é entretenimento?”
O filme nega exatamente o que seu público veio ver e parece se deliciar com essa frustração. Uma pena, porém, que ele custou US$ 200 milhões e precisa que muita gente pague para assistir no cinema a um longa tedioso com pouquíssimo Coringa nele.
Extrair uma quantia exorbitante de dinheiro (mais do que o gasto em praticamente todos os filmes da Warner deste ano) de um estúdio hollywoodiano para fazer um filme que deliberadamente decepciona os espectadores… É um plano que deixaria o próprio Coringa orgulhoso!
E você, quanto acha que será a bilheteria de Coringa: Delírio à Dois? Deixe seu comentário aí embaixo!
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Coringa sem o Batman não tem o menor sentido. O primeiro filme já foi uma porcaria, esse segundo parece que será pior. O que as pessoas querem ver do Coringa, Jack Nicholson e Heath Leadger já nos deram. Essas duas aberrações que estão chamando de filme, querem empurrar para a sociedade a culpa de o Coringa ter se tornado o que é. Uma verdadeira palhaçada. Mas que aparentemente dá dinheiro. Meu dinheiro, definitivamente, não terá.