‘Pacificador’ admite que a regra de não matar do Batman é ridícula
A série Pacificador de James Gunn acabou de apontar a principal falha da infame regra de “não matar” do Batman e por que a versão de Ben Affleck estava certo em...
Compartilhe: Diego Henrique
Publicado em 23/1/2022 - 16h45
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A série Pacificador de James Gunn acabou de apontar a principal falha da infame regra de “não matar” do Batman e por que a versão de Ben Affleck estava certo em quebrá-la. O último episódio do spin-off de O Esquadrão Suicida mostra o personagem de John Cena questionando o que significa ser um herói, enquanto a sombra de sua própria história de origem se torna clara.
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Pacificador é uma visão surpreendentemente complexa do heroísmo, apresentando o personagem mais odiado de O Esquadrão Suicida, em grande parte pelo assassinato de Rick Flag, como muito mais simpático do que sua primeira aparição na Força-Tarefa X. O programa começou a explorar mais a visão única do Pacificador sobre a justiça e de onde vem sua ideia de que a lei pode ser quebrada e o sangue pode ser derramado em nome do bem maior.
Uma conversa serve para ressaltar a regra de não matar do Batman. O vigilante de Gotham é famoso por duas regras cruciais em seu código: ele não usa armas e não mata pessoas. No entanto, a vesão de Ben Affleck colocou essas regras de lado. Quando o ator colocou a capa e o capuz para Batman Vs Superman, alguns espectadores ficaram surpresos ao vê-lo matar várias pessoas no filme.
Apesar das diferenças, o Pacificador se aproxima do Batman em alguns aspectos. Ambos são vigilantes que fazem justiça com as próprias mãos, só que o Pacificador faz o que for preciso. O episódio 04 da série fez uma crítica bem direta ao Batman, sugerindo que o Homem-Morcego se recusando a matar criminosos apenas lhes dá a chance de escapar e matar vítimas, acusando o Batman de ser um assassino indireto.
E ele tem razão, dada a frequência com que os vilões normalmente reaparecem para continuar cometendo mais crimes, embora isso nunca tenha sido um grande problema nos filmes ou nos quadrinhos. O Espantalho de Cillian Murphy é um exemplo óbvio, dada sua aparição em todos os três filmes da trilogia do Cavaleiro das Trevas, o que não teria sido possível se Batman o tivesse matado em Batman Begins.
Embora a regra de “não matar” do Batman seja um assunto de debate considerável no universo do cinema e dos quadrinhos, dado que existem vários exemplos em que ele claramente a quebra, continua sendo seu princípio mais notório. Batman acredita que mortes evitáveis são um fracasso pessoal, não importa quanta força ele tenha que usar.
O Batman de Ben Affleck é uma exceção, é claro, mas suas circunstâncias eram muito diferentes e as apostas que ele enfrentava eram ameaçadoras ao mundo, não apenas ao nível de Gotham. A zombaria de Pacificador em relação ao Batman e a afirmação de que ele deveria matar todos seus oponentes pode parecer uma ideia extrema, mas teoricamente alcançaria o que Batman sempre buscou, a erradicação do crime em Gotham.
O próprio fato de que o Batman de Affleck abandona seu compromisso de ”não matar” quando confrontado por um nível mais alto de ameaça, sugere o problema de tal regra. A diferença do Pacificador, é claro, é que sua história de origem nasceu do ódio, graças ao fanatismo de seu pai. Seu senso de moralidade distorcido veio da falta de valor de seu pai para com a vida humana, enquanto Batman foi criado a partir de uma perda de vida traumática.
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