Roteirista de Batman Eternamente fala sobre o Schumacher Cut
Akiva Goldsman, que trabalhou em Batman Eternamente, falou sobre um potencial lançamento do Schumacher Cut.
Compartilhe: Diego Henrique
Publicado em 7/7/2023 - 03h00
Em 1995, o diretor Joel Schumacher assumiu o comando do divisivo Batman Eternamente. Com Val Kilmer no papel do Batman e Chris O’Donnell como Robin, o longa adotou uma abordagem mais vibrante e colorida ao explorar a história do Homem-Morcego.
Na obra, Jim Carrey interpretou Edward Nygma, mais conhecido como o Charada, enquanto Tommy Lee Jones deu vida a Duas-Caras, o antigo promotor público de Gotham City, Harvey Dent. O filme destoou significativamente do estilo estabelecido nos filmes anteriores de Tim Burton.
Após o falecimento de Joel Schumacher em 2020, os fãs se uniram com o objetivo de lançar a versão do filme feita pelo próprio diretor. Em setembro do mesmo ano, a Warner Bros. confirmou a existência do Schumacher Cut, porém destacou que não havia planos de lançá-lo oficialmente.
Enquanto aguardamos o lançamento oficial do Schumacher Cut de Batman Eternamente, o cineasta Kevin Smith optou por realizar uma projeção especial do filme em seu próprio cinema. O longa recebeu uma sessão no dia 01/07, gerando as primeiras reações do público, que elogiaram o corte.
Agora, em participação no podcast Bingeworth, do The Playlist, o roteirista Akiva Goldsman, que trabalhou no filme ao lado de Janet Scott Batchler e Lee Batchler, disse torcer muito para que o público geral tenha acesso ao corte do diretor, apesar de gostar da versão exibida nos cinemas:
Eu assisti [o ‘Schumacher Cut’] recentemente, e é engraçado porque houve uma grande onda na internet por isso, e eu não participo dela. Embora, tenha cerca de 35% mais realismo psicológico, você sabe, é realmente mais sobre culpa e vergonha. Mas o público não queria… o mundo não estava pronto [para o corte do diretor]. O primeiro corte de Joel [Schumacher] tinha tudo isso, e o público dizia, ‘sim, nós gostamos da parte em que o cara é engraçado, da que é assustadora e daquela grande coisa…’ E assim, o filme foi reduzido ao que é. E ficou legal.” Disse Goldsman. “Eu não sei como Kevin [Smith] assistiu ou por quê, mas sim, ele tem falado muito sobre isso. Mas existe, você sabe. Eu certamente sou um defensor de que isso esteja no mundo. Por Joel [Schumacher], sabe? […] Seria uma boa maneira de homenageá-lo, eu acho.
Segundo os relatos, Schumacher concebeu originalmente o filme como uma exploração mais profunda da psicologia do Homem-Morcego e das cicatrizes emocionais que o impulsionam. Sua intenção era mergulhar em temas mais sombrios, como a dualidade entre Bruce Wayne e Batman.
Durante um episódio de Fat Man Beyond, Smith explicou que a Warner Bros. chegou a realizar testes com a versão mais sombria do filme. No entanto, a edição original passou por uma reformulação posterior, incluindo novos diálogos, para torná-la mais “divertida”.
Conforme descrito pelo próprio Smith, o corte inicia com uma sequência sombria em que o Duas-Caras escapa do Asilo Arkham, e a frase “O Morcego Deve Morrer” é grafada com sangue em uma parede. No entanto, nos primeiros 15 minutos do filme, Bruce Wayne não utiliza o traje do Batman.
Ele mencionou que Tommy Lee Jones retratou o Duas-Caras de maneira mais sombria. Smith observou que alguns dos diálogos exagerados não faziam parte da versão original. Agora, resta esperar para ver se a crescente demanda pode, eventualmente, resultar no lançamento de Batman Eternamente.
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