The Flash tem estreia abaixo das de Adão Negro e Shazam na bilheteria do Brasil
Não foi só nos EUA que The Flash passou vergonha: na bilheteria do Brasil, sua estreia foi inferior às de Adão Negro e Shazam! e próxima da de Aves de Rapina.
The Flash estreou em primeiro lugar no Brasil, mas fez números constrangedores na bilheteria do país: R$ 14,6 milhões de arrecadação e 679,2 mil ingressos vendidos. Trata-se de apenas a sétima maior abertura de 2023 até o momento.
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Em termos de público, o longa não fica nem entre as top 10 maiores aberturas da história da DC no Brasil. Na verdade, seus números foram inferiores até mesmo aos de Adão Negro (1,17 milhão de ingressos) e o primeiro Shazam! (1,04 milhão).
Apesar de ser um dos membros fundadores da Liga da Justiça (nos quadrinhos, animações e, claro, no cinema), The Flash teve um público de estreia mais próximo do de outra DCpção: Aves de Rapina, que vendeu 640 mil ingressos em seu primeiro fim de semana, pouco antes da pandemia.
Aqui, é interessante fazer uma pequena retrospectiva do histórico da DC no Brasil: em meados da década passada, toda a empolgação do público nacional com o MCU se espalhou para a concorrência a partir de Batman vs Superman: A Origem da Justiça, que estreou com 2,48 milhões de ingressos (maior abertura da história na época) e saiu de cartaz com 8,63 milhões, um sucesso de uma proporção que nem a Warner ou a DC estavam acostumados. Poucos meses depois, Esquadrão Suicida desafiou as péssimas críticas e também conseguiu quebrar a casa dos 2 milhões no primeiro fim de semana. No fim das contas, seu público final foi de 7,89 milhões.
Assim, ao longo dos quatro anos seguintes, pode-se dizer que a DC foi tão grande no Brasil quanto a Marvel. Aquaman e Liga da Justiça também atingiram públicos de 8,6 milhões de pagantes, Mulher-Maravilha chegou aos 7 milhões e Coringa quase fez 10 milhões (sim, o thriller sombrio e realista sobre o futuro vilão foi maior no Brasil do que todos os outros heróis da DC). Shazam! fez números mais humildes (pouco menos de 3 milhões), mas isso foi mais devido ao fato de ele ser mais desconhecido entre o público em geral do que os outros e também graças à concorrência com o titã Vingadores: Ultimato.
Infelizmente, as coisas começaram a mudar (para pior) a partir de 2020. Aves de Rapina iniciou o ano com fraca bilheteria (pouco mais de 2 milhões) e a pandemia prejudicou duramente Mulher-Maravilha 1984, que tinha tudo para ser um dos maiores filmes daquele ano. A sequência estrelada por Gal Gadot até fez números milagrosos para os padrões pandêmicos (2,24 milhões), mas a recepção ruim dos fãs e críticos causou imenso dano à uma das subfranquias mais promissoras do DCEU.
Em 2022, houve um raio de esperança quando Batman tornou-se o maior filme da WB no país desde Coringa, tendo atraído quase 6 milhões de pessoas às salas escuras. Sim, era um total abaixo dos auges vividos pela DC poucos anos antes, mas após os números tenebrosos de Aves de Rapina e O Esquadrão Suicida (1,4 milhão), ao menos era um recomeço promissor. No final daquele ano, Adão Negro fez 4,3 milhões, um número próximo aos de outro anti-herói cujos filmes estrearam em outubro, o Venom da Sony, portanto, dentro de um padrão decente.
Mas neste ano as coisas voltaram a piorar novamente, primeiro com o absoluto desastre de bilheteria que foi Shazam! Fúria dos Deuses, que conseguiu levar menos gente aos cinemas do que Pânico VI, A Morte do Demônio: A Ascensão e Dungeons & Dragons: Honra entre Rebeldes. Agora, The Flash estreia com números extremamente decepcionantes para um longa de seu tamanho e importância para a WB/DC.
Creio que os mesmos problemas que prejudicaram o desempenho do filme nos EUA também valem para o Brasil: críticas medianas, polêmicas envolvendo os atos criminais de Ezra Miller e a forte concorrência. O filme foi apenas mais um dentre os diversos blockbusters que estrearam de lá para cá, e após tantos longas competindo pelo bolso do público, era natural que a audiência fosse ficar mais seletiva.
No fim das contas, apesar de todos os esforços da Warner, The Flash foi apenas mais um filme de super-heróis dentre os diversos que estreiam todo ano, sem nada que lhe tornasse um evento tão imperdível e comentado quanto os longas do ápice da popularidade da DC no Brasil no final da década passada.
Será que James Gunn conseguirá fazer com que as multidões voltem a comparecer aos cinemas para ver os heróis DCnautas? Comente aí embaixo o que você acha!
[fonte: Filme B]
LEIA MAIS SOBRE THE FLASH
The Flash é o primeiro filme solo do super-herói Flash. A nova adaptação em live-action do DCEU apresenta o Homem Mias Rápido do Mundo viajando pelo Multiverso da DC.
A trama do longa mostra o Flash indo parar em um universo paralelo onde há uma versão idêntica e mais jovem sua, um outro Batman e uma Supergirl no lugar do Superman.
Confira a sinopse oficial de The Flash:
“Mundos colidem em The Flash quando Barry usa seus superpoderes para viajar no tempo e mudar os eventos do passado. Mas quando tenta salvar sua família e acaba, sem querer, alterando o futuro, Barry fica preso em uma realidade na qual o General Zod está de volta, ameaçando colocar o mundo em risco, e não há super-heróis a quem recorrer. A não ser que que Barry consiga persuadir um Batman muito diferente a sair da aposentadoria e resgatar um kryptoniano preso… mesmo que não seja exatamente quem Batman está procurando. Para salvar o mundo em que está e retornar ao futuro que conhece, a única esperança de Barry é usar seus superpoderes para salvar sua vida. Mas, se afinal, precisar desistir dela, será seu sacrifício suficiente para reconfigurar o universo?”
O filme é estrelado por Ezra Miller (Precisamos Falar sobre o Kevin) como Barry Allen/Flash, Ben Affleck (Argo) como Batman, Michael Keaton (Birdman ou (Fome de Poder) como Batman, Sasha Calle (The Young and the Restless) como Supergirl, Ron Livingston (Invocação do Mal) como Harry Allen, Kiersey Clemons (Dope: Um Deslize Perigoso)como Iris West, Antje Traue (Pandorum) como Faora-Ul e Michael Shannon (O Abrigo) como General Zod.
Dirigido por Andy Muschietti (It: A Coisa) e roteirizado por Christina Hodson (Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa), a partir de uma história de Joby Harold (Obi-Wan Kenobi), The Flash estrou nos cinemas do Brasil nessa última quinta, 15 de junho.
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