Como ‘O Cavaleiro das Trevas’ mudou parte importante da origem do Coringa
Longe da maioria das encarnações do Coringa, o Príncipe Palhaço do Crime que aparece em Batman: O Cavaleiro das Trevas, de Christopher Nolan, usa maquiagem para conseguir sua aparência...
Compartilhe: Diego Henrique
Publicado em 16/12/2021 - 16h04
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Longe da maioria das encarnações do Coringa, o Príncipe Palhaço do Crime que aparece em Batman: O Cavaleiro das Trevas, de Christopher Nolan, usa maquiagem para conseguir sua aparência característica, em vez de ser devido a um acidente. Até aquele ponto, o Coringa devia sua pele pálida, cabelo verde e lábios vermelhos a uma queda infeliz em um tanque de produtos químicos que o desfigurou permanentemente.
No entanto, pela própria natureza do filme, a tendência do vilão por usar maquiagem aparentemente implica que ele nunca teve sua famosa queda na Ace Chemicals. Alternativamente, ele cobre seu rosto cheio de cicatrizes com pintura facial e faz dois discursos infames cheios de informações contraditórias e pouco confiáveis para explicar a origem de sua condição física.
Em Batman: O Cavaleiro das Trevas, o Coringa aterroriza Gambol, um chefão da máfia de Gotham City, e Rachel Dawes, amiga de infância de Bruce Wayne e interesse amoroso, com explicações conflitantes para suas cicatrizes faciais. O design da maquiagem do personagem está totalmente enraizado em seu estado psicológico instável, em oposição à caracterização elegante e colorida das versões anteriores.
Em uma conversa com IGN, o maquiador John Caglione Jr. afirma que desenvolveu uma “abordagem real, não tão cômica para a maquiagem”. Ele explica “O que seria se esse cara dormisse com sua maquiagem? Você sabe, esse psicopata não enfeitou a maquiagem por duas ou três semanas, e ele nunca muda de roupa… Você pensa na maquiagem de um palhaço, e na maior parte, são bem detalhadas com linhas bem definidas, mas essa tinha que ser a oposto disso.”
Antes do lançamento de Batman: O Cavaleiro das Trevas, surgiu uma controvérsia sobre a pintura facial e como a nova aparência do Coringa possivelmente significava que sua origem seria diferente do material original. Na HQ “O Homem por trás do Capuz Vermelho”, o renascimento do Coringa como maior rival do Batman aparentemente começou quando ele era um trabalhador de laboratório que se tornou um ladrão.
Para esconder sua identidade, ele vestiu uma fantasia, assumiu o apelido de “Capuz Vermelho” e equipou um tubo de oxigênio em seu capuz para que pudesse escapar de um roubo através de uma piscina de resíduos químicos e sobreviver. No entanto, sua ousada fuga alterou permanentemente sua pele, cabelo e lábios sem que ele soubesse.
Além disso, como as histórias conflitantes da versão de Heath Ledger, sua história de origem também não é exatamente consistente nos quadrinhos. Em Batman: A Piada Mortal, o futuro Coringa deixa seu emprego na Ace Chemicals para tentar sua sorte na comédia de stand-up. Nesta versão da história do vilão, ele tem uma esposa chamada Jeannie com um bebê a caminho.
Precisando de dinheiro para sustentar sua família, o personagem faz um acordo com criminosos para invadir seu antigo trabalho. Na HQ, ele também usa a roupa do Capuz Vermelho para se disfarçar quando a tragédia o atinge de repente. Jeannie morre em um acidente elétrico, mas o crime deve continuar, e o futuro Coringa – cada vez mais desequilibrado – continua com seus planos para roubar o Ace Chemicals.
Depois de um tiroteio com a polícia de Gotham City no local, seus parceiros no crime morrem. Então, para piorar a situação, Batman aparece para impedi-lo. Em uma tentativa rebelde de escapar da captura, o Coringa mergulha em um lago próximo à fábrica. Novamente, como no Nolanverse, o Príncipe Palhaço do Crime dos quadrinhos é um narrador não confiável.
Sobre a sua origem, ele afirma: “Às vezes eu me lembro de uma maneira, às vezes de outra … se vou ter um passado, prefiro que seja de múltipla escolha!”. Apesar desse fato, muitos fãs do Batman foram no cinema esperando ficar desapontado com a interpretação de Heath Legder em O Cavaleiro das Trevas, porque não parecia se alinhar com as versões anteriores do personagem.
Notícias sobre a escalação de Heath Ledger também lançaram dúvidas sobre a credibilidade do filme antes de seu lançamento, já que as pessoas não acreditaram que ele poderia encarnar o vilão com base em seus papéis anteriores. No entanto, o falecido ator provou que os pessimistas estavam errados, e chegou a ganhar um Oscar de Melho Ator Coadjuvante.
No final das contas, a decisão de ir com uma abordagem mais realista para o vilão de Gotham City combina melhor com o tom da celebrada trilogia. Com pintura facial ou não, os filmes do Batman de Nolan estabeleceram um padrão para todas as futuras versões do personagem. Embora não seja muito fiel aos quadrinhos, a maioria dos fãs concordam que Ledger é o Príncipe Palhaço do Crime definitivo.
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Créditos: CBR
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