Com The Batman, a DC Comics abriu com um bom controle nas bilheterias e foi recebida com críticas estelares, aparentemente combinando com o nível de sucesso que os projetos do MCU receberam, mas a introdução do Coringa e um provável The Batman 2 podem arriscar repetir um erro do MCU.
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The Batman é o mais recente de uma longa linha de reinicializações do Batman, agora colocando Robert Pattinson no comando após o filme cancelado de Ben Affleck, já que Affleck e Michael Keaton têm futuros incertos no DCEU.
A jornada para o filme de Matt Reeves foi difícil, e o risco de repetir um erro do MCU pode condenar o futuro da franquia. The Batman assume o gênero noir de mistério, separando-o distintamente dos típicos filmes de super-heróis que viram um ressurgimento com o MCU.
O MCU claramente tem uma fórmula vencedora que inclui uma mistura de comédia, boa ação, personagens simpáticos e um multiverso. Agora, outros mercados estão tentando imitar e lucrar com esse modelo. O movimento distinto de The Batman para longe dessa fórmula é um ato corajoso na indústria cinematográfica, mas The Batman 2 pode criar sua própria fórmula.
O erro seria dar uma sequência direta ao filme, o que poderia contribuir para a saturação excessiva dos longas de quadrinhos e arruinar o que torna a nova aventura do Cavaleiro das Trevas tão diferente. O filme estabelece sua sequência com a cena do Coringa no Arkham e na cena deletada entre o vilão e o Batman.
Embora o MCU seja extremamente popular e bem-sucedido, sem dúvida desempenhou um papel na extensão excessiva de filmes de super-heróis, sequências infinitas e universos cinematográficos. Dar ao longa de Matt Reeves uma sequência com um vilão exagerado afetaria tudo o que ele se esforçava para ser diferente, portanto, poderia ser um grande erro.
The Batman é uma mudança completa de ritmo da fórmula dos filmes de quadrinhos; é sério, fundamentado no realismo, com apenas um toque de comédia que não tira o tom geral do filme. O MCU pode enfrentar críticas às vezes por seus roteiros excessivamente brincalhões e falta de sinceridade, mas The Batman é diferente disso e como resultado, sua atmosfera é perfeita.
É também um filme longo, com cerca de 03 horas de duração, o que significa que foi capaz de explorar cada personagem principal com uma boa quantidade de detalhes. Mulher-Gato e Batman tiveram bons arcos, o relacionamento de Bruce e Alfred foi concluído muito bem e Batman teve uma parceria bem estabelecida com Gordon.
O filme não deixa pontas soltas cruciais para amarrar, e sua conclusão funciona bem como um filme independente. Mesmo a introdução do Coringa não é algo que justifique uma sequência. Já houve quatro Coringas em live-action nos últimos 15 anos e o personagem é bem conhecido.
Seria mais eficaz (e inédito hoje em dia) deixar The Batman como uma história independente. Embora o Coringa de Barry Keoghan pareça interessante, o personagem é obscurecido por quantas vezes ele foi trazido para a tela nos últimos tempos.
O MCU normalizou tanto sequências, prequels e universos compartilhados que é esperado de todo filme, independentemente de ser uma história em quadrinhos ou não (o MonsterVerse, por exemplo). The Batman quebra a norma ao dar ao público um filme inteiro com arcos bem concluídos, e sua capacidade de fazê-lo é uma prova de sua integridade que seria diminuída se Reeves criar sua própria fórmula.
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